Quando a população brasileira
foi as urnas em 2018, boa parte dos eleitores já sabiam que caso Jair Bolsonaro
fosse eleito, nós teríamos grandes problemas a serem enfrentados em um curto período
de tempo. E esses problemas seriam, em sua maior parte, catapultados pela família.
Quem votou democraticamente
porque acreditou da “mamadeira de piroca” ou que, sabendo que eram mentiras,
ajudou a divulgar o “kit gay” são corresponsáveis pelo que o Brasil está
vivendo agora.
Se é na Democracia que os
cidadãos, através do voto livre, elegem os seus dirigentes por meio de eleições.
Na Democracia Miliciana o voto da maioria credenciou um governo que diariamente
mente a população, criando fatos distorcidos da realidade.
A atuação de membros e apoiadores
do governo atual chegou a tal situação, que inverter a verdade é como inverter
o placar de um jogo com um juiz suspeito a utilizar o VAR - árbitro assistente
de vídeo. O que seria uma saída para que se tivesse a verdade da jogada, no
planalto central do país é usado para burlar a verdade. E o que seria para
acabar com conflitos, potencializa-os com as mentiras que são criadas para
desvirtuar dos verdadeiros fatos.
Para não buscar “zilhões” de exemplos,
vou ficar no caso da jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello.
Que esta semana esteve envolvida em uma polêmica com Hans River, uma das
pessoas contratadas pela empresa Yacows, especializada em disparos em massa de
mensagens de WhatsApp e que trabalhou para o candidato Bolsonaro em 2018.
Durante seu depoimento na CPMI
– Comissão Parlamentar de Inquérito das Fakes News, Hans foi confrontado por
parlamentares e pego, algumas vezes, na mentira. Foi o caso da deputada Natalia
Bonavides do Partido dos Trabalhadores que ao indaga-lo, após ouvir que ele
teria trabalhado na campanha a vereador José Police Neto (PSD), o informou não
ser verdadeira a informação, pois a pessoa citada se quer, foi candidato nas
eleições.
Preso em suas mentiras, Hans
que teve contato anterior com a jornalista Patrícia, quando do levantamento de
informações para uma matéria sobre o uso de Fakes News nas eleições, a atacou
de forma covarde, colocando a moral da moça em dúvida. Como homem sem escrúpulos,
ele sabe que ao fazer tal acusação, colocaria qualquer mulher em desvantagens,
pois seria elas, agora, que teria que provar que a acusação era falsa.
Diante do fato, o que fez o deputado
Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, no mesmo dia e usando a tribuna da
Câmara do Deputados? Fez o que já é regra, o que está escrito no manual da
Democracia Miliciana. Ele potencializou a acusação, sem mostrar nenhuma prova.
Pois este é um dos mandamentos dos que hoje ocupam o poder central. Quando
estão em desvantagens, acusam, levantam falso, mentem de forma descarada, e
assim já se passou um ano em que o Brasil vive em um sistema democrático tomado
por acusados de serem milicianos.
O que Hans River fez com a
jornalista da Folha é coisa de canalha, daqueles homens que precisam afirmar
perante a sociedade a sua condição de macho e saem falando o que fizeram e o
que não fizeram com as mulheres. Tudo para se sentirem os donos do pedaço.
Neste caso a situação é ainda pior, o sujeito mentiu em um depoimento da CPMI.
Ele já foi desmascarado pela jornalista que disponibilizou prints das conversas
em um aplicativo de mensagens e agora, além de mentiroso, o que aparece é ele
fazendo um convite e se insinuando. Rejeitado, deu o troco partindo para o
ataque.
A jornalista Patrícia Campos
Mello da Folha de São Paulo, a minha solidariedade neste momento turbulento que
passa. Mas há que se dizer uma coisa: vocês apoiaram o Golpe e ajudaram a
consolidar uma eleição que abriu as portas do inferno para que a entronização
da Besta Fera.
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