DIRCEU BOTA A BOCA NO TROMBONE

''Tenho representatividade para participar da vida política do País''

José Dirceu: ex-ministro; petista crê que será absolvido pelo STF e diz que pedirá anistia na hipótese de julgamento ficar para 2013 ou 2014

Ana Paula Scinocca, BRASÍLIA
Três anos depois te ter o mandato de deputado cassado - no auge do escândalo do mensalão -, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirma ter convicção de que será absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Avalia que sua substituta no posto de braço direito de Lula, a ministra Dilma Rousseff, tem "grande" chance de emplacar como candidata do PT à Presidência em 2010, e que os tucanos agem como se o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) - principal pré-candidato da oposição -, já tivesse sido eleito. "Essa história está distante da realidade. O Serra tem de conquistar Minas e Rio, porque o Norte e Nordeste ele não vai conquistar. E Minas e São Paulo serão os Estados mais afetados pela crise", afirma, em entrevista ao Estado. As respostas de Dirceu foram dadas por e-mail. A seguir, os principais trechos.
Três anos depois de ser cassado, o senhor ainda pensa na possibilidade de anistia?
Depende. A rigor eu tenho direito à anistia, porque a Câmara me cassou sem provas. Mas tomei a decisão de não fazê-lo até ser julgado pelo STF. E tenho certeza de que a absolvição vai acontecer. Se o STF der sinais ou provas de que só vai julgar em 2013 ou 2014, ou seja, 8 ou 9 anos depois que fui acusado de chefe de quadrilha e corrupto, evidente que vou pedir anistia. Até porque acredito que tenho esse direito.
Qual seu projeto para retomar suas atividades políticas?
Faço atividade política, nunca deixei de fazer. Participo do debate político do País com meu blog (www.zedirceu.com.br), com entrevistas, palestras. Gostaria de voltar plenamente à atividade política, mas não tenho projetos sobre o que vou fazer. Meu projeto agora é me defender, provar minha inocência.
Durante a Operação Satiagraha, o senhor reclamou de grampo e invasão em seu escritório. Ainda acha que seus passos estão sendo monitorados por órgãos do governo?
Meu caso é escabroso. No começo do ano, soube pela imprensa que o sigilo do meu telefone tinha sido, por autorização judicial de um juiz (Fausto de Sanctis), interceptado a pedido do promotor público do caso Satiagraha. Era o mesmo promotor do caso MSI Corinthians, como também o delegado é o mesmo na Satiagraha e no caso MSI Corinthians (Protógenes Queiroz). Pois bem, até hoje - e basta olhar o inquérito para ver - não há nenhuma fundamentação legal para interceptação telefônica. Mas houve a interceptação, e não só a minha, como a do meu advogado, do assessor que faz a minha agenda, do advogado do escritório a mim associado em Brasília, de um outro assessor meu em Brasília e da Evanise Santos, minha companheira. Isso quando eu não tenho nada a ver com a Operação Satiagraha, com o Opportunity nem com o Daniel Dantas. A própria investigação deles prova isso. Todas as investigações feitas até agora a meu respeito me inocentam.
Qual sua relação com o presidente Lula?
Quando foi a última vez que conversaram?Minha relação com o presidente Lula é de companheiro, de amigo e de um ex-ministro, ex-presidente e ex-deputado do PT. Não é a mesma relação que eu tinha antes com ele, uma relação de trabalho, de dia-a-dia, de construção de um projeto. Eu encontro o presidente quando ele sente que existe necessidade. Não o tenho visto com freqüência.
Qual a possibilidade de a ministra Dilma Rousseff emplacar como candidata do PT em 2010?
Grande. Ela, na verdade, a cada mês que passa, conquista a adesão de militantes e dirigentes do PT. Cada dia é mais conhecida no País. É a candidata do presidente Lula, do PT e tem grandes chances de ir para o segundo turno. Os tucanos se comportam como se o Serra já estivesse eleito, mas essa história está distante da realidade. Primeiro, o Serra tem de disputar com o Aécio Neves; segundo tem de conquistar Minas e Rio, porque o Nordeste e o Norte ele não vai conquistar; terceiro, São Paulo e Minas serão tão ou mais afetados do que o País pela crise em nível nacional. Eu não vejo por que nós não possamos vencer as eleições de 2010. Na verdade, nós estamos no governo. Eles é que têm de ganhar a eleição. E o provável é que nós vençamos e não eles.
O senhor se considera um ministro sem pasta?
Não. Sou o José Dirceu e na medida em que represento uma parte da história da esquerda brasileira, da luta contra a ditadura, da resistência armada, da luta na clandestinidade, uma parte da construção do PT, nesse sentido eu tenho uma representatividade para participar da vida política do País e ajudar o PT, o governo e a esquerda. Isso não significa que eu tenho poder.
Públicado no Jornal O Estadão.

NOVO HOLOCAUSTO


NA CALADA DA NOITE


O jogo político na cidade de Paulo Afonso no estado da Bahia vem se desenrolando de forma inédita dentro do Partido dos Trabalhadores. Desde que o atual deputado estadual Paulo Rangel transferiu seu domicilio eleitoral. Antes ele era lotado em Sobradinho, também na Bahia.
Este senhor, depois de acabar com o partido por lá, vem fazendo de um tudo para, também expulsar os que não pensam da mesma forma que ele. Basta discordar e o filiado está condenado e execração pública e a um rito sumaríssimo, sem direito a ser informado para que possa apresentar sua defesa. O ritual da forma como está ocorrendo não pode ser classificado como especial porque não dá o direito a defesa.
Mas onde o deputado e suas marionetes encontram guarida para fazer o que estão fazendo?
O nazifacismo é a escola onde bebem a cultura da política que praticam. Do Fascismo italiano, por meio do ditador Benito Mussolini, e do Nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha; ele vive desesperado em uma guerra de extermínio contra os que se opõem a entrega do partido a notórios membros da Arena, Pds, Pfl e agora Dem.
Ele usa o cargo e as nomeações para ter do seu lado pequenas vozes daqueles que ao longo da vida se locupletaram com os governos de direita. Derrotado por varias vezes durante as consultas ao Partido para saber que caminho trilhar durante a campanha para Prefeito em Paulo Afonso 2008, vive a dor de um ditadorzinho de província de quinta.
O que levou o deputado a se aproximar dessas pessoas a ir mais a direita? Se alguém souber responder nos mostrará o caminho que ele pensa trilhar no futuro. Ao não se importar com o governo Wagner e nem com o governo Lula, pensa exclusivamente na sua saga ditatorial. Já que marginalizados, os que foram expulsos do PT tendem a buscar um partido que se oponha a estes governos. Só quem perde com isto é o Partido dos Trabalhadores.
E não se sabe ainda quem é que vai ganhar com isto.Surpreendentemente alguns filiados estão recebendo a comunicação de que foram expulsos através de carta registrada. A data da dita reunião em que pessoas sem o conhecimento prévio foram banidas data de 11 de novembro de 2008. E quem é o carrasco da vez? O senhor Carlos Roberto dos Santos. O mesmo que sumiu com as urnas em um encontro do partido onde se definiria o que o PT queria nas eleições de 2008.
E quem é o dono dessa voz? O deputado Paulo Rangel. Embriagados pelo poder e com medo do contraditório, essas pessoas fazem o papel de ratazanas de esgoto, trabalham durante a noite entre a sujeira.

A raiva maior deste senhor foi quando o Governador Jaques Wagner esteve em Paulo Afonso e pediu que a população e os filiados do Partido dos Trabalhadores votassem no candidato do PSB. Será que ele vai ter a coragem de pedir a expulsão do Governador?

A população é sabedora que ele dois dias antes pedia votos para o candidato do DEM em toda a cidade e que comemorou a vitória do mesmo em frente à sede do Partido dos Trabalhadores, deixando os vizinhos indignados e que varou a madrugada regada a whisk em sua casa.
José Dimas dos Santos Roque

A TELEVISÃO

Aparelho doméstico de grande utilidade é utilizado como anticoncepcional nas regiões mais pobres do Brasil. Surgiu por volta de 1817, quando um Inglês, que não tinha mais o que fazer, conhecido como Willoughby Smith descobriu que o selênio possuía a propriedade de transformar luminosa em energia elétrica. Daí para frente o que aconteceu foram as retransmissões de imagens. Dito isto, e sabedor de que você leitor (a) se tornou, assim como eu, em um sábio no assunto e se houver uma prova do Mobral este ano, nos sairemos muitíssimo bem. Podemos agora voltar ao que nos interessa.

Deus levou sete dias para criar o mundo. Até o nosso ser supremo teve o direito ao descanso. O homem, nisto estão inclusos os dois sexos resolveram, sabe-se lá por que, colocar nomes neles. Ao primeiro deram o nome de domingo, ao segundo claro, segunda né? Pronto, lá vem mais um problema, porque o caso é o seguinte; ninguém combinou com os escritores ou escritoras de novelas que eles poderiam escrever textos para qualquer dia da semana visando o grupo feminino e que deveriam deixar de fora a quarta feira só para o masculino. Se a semana é delas no que se refere à utilização deste aparelho de fazer louco e que reflete imagens e no parágrafo anterior você conheceu um pouco mais, quando das explicações cientificas de beira de estrada, e pesquisada na internet, no velho copiou, colou. Eu pude falar um pouco mais e saber que elas nos entenderão de agora em diante e nós pobres seres mortais do sexo masculino indefesos só lhes pedimos um pouco mais de compreensão.

- A quarta-feira é nossa!

O jogo daquele time que tanto amamos e que vocês incompreensivelmente detestam só ocorre neste dia ou no domingo. Neste dia não vamos atrapalhar o seu programa favorito. Vocês têm cinco dias para assistirem uma novela que começou na década passada e que não termina mais, porque mudam os atores, mas os textos e os personagens continuam os mesmos. Imploramos por vossa compreensão.

Você imagine o que é o tormento do ser homem ter que entender de todas as novelas que são exibidas nos canais de televisão sem que tenha visto um único capitulo. Porque se a sua companheira, por algum motivo e depois de falar durante uns quarenta minutos sobre aquele casal que está com problemas na família tal na novela de um canal qualquer. Ou quando ela fala daquele casal de homossexuais, masculino ou feminino que virou moda nas novelas e você tem o desplante de perguntar se a folhetim com titulo X não tinha terminado. Ela acha que você não dá à menor atenção as coisas que são importantes na vida dela. Porque nunca vi algo mais importante do que os horários que vão das 16h à 22h. Os meninos podem quebrar tudo dentro de casa que ela não se meche. Um músculo de sua face não se contrai nestes momentos de grande atenção e cultura.

É aquela hora que você para, olha para ela e se pergunta:

- Sou eu mesmo que estou casado com essa mulher?

Ela já virou especialista nos problemas alheios dos astros da televisão. Fica sentada naquele sofá que já criou uma marca da bunda dela, de tanto permanecer no mesmo local. O sofá já ta com a marca do suor dela. Não perde um programa de Leão Lobo. É amiga da Ana Maria Braga e sabe qual penteado que a Hebe Camargo utiliza todos os dias que faz o programa. Ainda por cima repete, olhando para mim:

- Ela é uma gracinha.

Meu amigo, a sua vida ta uma bosta, não se preocupe isto só acontece porque você só tem uma TV dentro de sua casa, basta que você trabalhe um pouco mais, faça um pouco mais de hora extra, porque aquelas que estão sendo feitas não estão resolvendo os seus problemas.
Seguindo o pensamento do jornalista Fernando Rodrigues eu resolvi dar uma contribuição para que os Agentes do Polícia Federal pudessem se infiltrar sem que ninguém os perceba.

Sugestões de camuflagem!

















A GUERRA DOS BLOGS



Tudo começou quando a Tv Cultura de São Paulo anunciou uma entrevista com o Ministro do Supremo Tribunal Gilmar Dantas no programa Roda Viva, que é apresentado pela Jornalista Lílian Witte Fibe. Este fato não teria tomado à importância que tomou se o nome dos jornalistas convidados para fazerem as perguntas ao ministro fosse mais plural. Nos dias que antecederam ao fato, a lista com os nomes era distribuída e questionada na Internet por uma grande parcela de Jornalistas Blogueiros e seus leitores comentaristas que expressavam suas opiniões de total descontentamento. Os principais nomes que questionavam a parcialidade da Tv Cultura na entrevista eram; Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Mino Carta, Luiz Carlos Azenha e Eduardo Guimarães. Foi criado dentro dos comentários e popularizada nas paginas principais dos Blogs, uma corrente de protestos para que as pessoas pudessem mandar suas criticas ao ombudsman. Os leitores deles se armaram de uma poderosa ferramenta, o pensar e questionar que antes os grandes meios de comunicação desprezavam. Invadiram a caixa de mensagem do ombudsman da TV e lá deixaram as suas impressões de como tudo estava se encaminhando para um jogo de cartas marcadas. Essa turma de guerrilheiros é conhecida por Petralhas.

Do outro lado estavam os que acreditavam que a lista premiava nomes conhecidos e de qualidade no jornalismo Nacional. Alegavam que a choradeira dos que agora reclamavam não passava de dor de cotovelo por não terem seus Jornalistas convidados para o debate. Seus argumentos, quando não ridicularizavam os questionamentos dos outros, simplesmente eram agressivos. Os principais representantes dessa ala são: Reinaldo Azevedo, Ricardo Noblat, Diogo Mainardi e Josias de Souza. Defensores ardorosos da lista em quetão. Eles incitavam seus leitores com textos do tipo; “Os tontons-MaCUTs e o jornalismo se aluguel já se mobilizaram, enviando protestos ao ombudsman da TV Cultura. Eles sentem falta de linchadores na bancada de entrevistadores. Os canibais estão sempre com sede, e as hienas têm uma carência danada de carniça. Precisam do cheiro da cadaverina para que possam dar o seu melhor. Nada é pior do que a decadência rancorosa”, R.A. Era a senha para a guerra. Batava dar uma passada pelos Blogs destes jornalistas para perceberem que a visão não era só de discordância, mas sim de confronto, isto tudo para saber quem conseguiria arrebanhar mais comentários favoráveis as suas falas. E sejamos francos, há textos e gosto para os dois lados. Para eles os nomes que iriam fazer um bate-papo entre amigos eram os mais competentes. Teve até quem escreveu que foi convidado mais não pôde estar lá. Estes são conhecidos na Internet como membros do PIG, Partido da Imprensa Golpista. Nome dado por um comentarista do Blog do PHA.

O debate ocorreu e como em um roteiro previamente escrito, transcorreu sem deixar marcas para o entrevistado. O que não se pode afirmar quando o caso é a TV Cultura que teve seus critérios questionados como nunca antes. A participação de alguns convidados foi criticada até mesmo pelo seu ombudsman, que escreveu; “Como Márcio Chaer, Reinaldo Azevedo, da revista Veja, passou todo o programa usando Gilmar Mendes – e às vezes também dispensando a participação do entrevistado – para expor suas “teses” e fazer ataques”. E Emendou; “Mas a maior parte do tempo Azevedo usou para fazer da bancada do Roda Viva uma tribuna na qual dispensou Gilmar Mendes da obrigação de apresentar o áudio do grampo e para um constrangedor contorcionismo pelo qual transformou a ministra Dilma Rousseff e o ministro Paulo Vanhucci em pessoas que poderiam ser enquadradas atualmente como terroristas pelo fato de terem pertencido, durante a ditadura, ao grupo de esquerda liderado por Carlos Marighela”. Pronto o senhor Ernesto Rodrigues caiu nas graças dos “petralhas” e virou inimigo dos membros do PIG.

Nesta guerra percebe-se uma coisa. Quase sempre são os mesmos leitores comentarias que participam dos debates. Figurinhas carimbadas utilizam o espaço nos Blogs que ao qual se alinham, para defender a tese do seu Blogueiro e se deslocam para os espaços contrários aos seus pensamentos para destilar venenos. Quase sempre de forma debochada. O Jornalista Nassif cunhou um nome para este tipo de pessoa. São “as abelhas”.

Para o dia 22 de dezembro a TV Cultura convidou o Delegado Protógenes Queiros. Foi a noticia do ano nos jornais e na Blogsfera. Mais uma vez os dois lados partiram para uma guerra aberta de acusações. E quando se pensava que os coordenadores do programa não cometeriam o mesmo erro na lista dos convidados, elegendo nomes que pudessem dar uma contribuição para elucidar algumas duvidas que persistam da operação Satiagraha, eles erraram. As pessoas chamadas representavam mais uma vez, um único lado. Se para o Ministro Gilmar foram chamados “amigos”. Para entrevistar o delegado mandaram alguns inquisidores. Representantes fiéis da ala PIG dos blogs políticos e jornalistas que estavam mais interessados em defender a categoria. Transtornado o senhor Fernando Rodrigues mostrava parte da transcrição do relatório da operação que teria pegado à jornalista Andréa Michel como uma das pessoas que ajudaram Daniel Dantas a conseguir um hábeas corpus preventivo ao fazer uma matéria para a Folha, onde afirmava que estava em curso uma investigação para prender aquele famoso banqueiro. Seguido por Noblat que fazia uma defesa da matéria feita como se a salvação do “jornalismo” dependesse do delegado aceitar a tese de que uma imprensa pode publicar o que bem desejar, sem se importar com as conseqüências dos seus atos. O que não foi aceito pelo entrevistado que afirmou que defende a liberdade de imprensa, mas com responsabilidade.

Durante as entrevistas e posteriormente nos Blogs das duas alas, as pessoas corriam para dar suas opiniões e impressões sobre a TV Cultura, os entrevistados e os entrevistadores. Fui buscar algumas opiniões para demonstrar o quanto está quente esta questão. Os amigos do Reinaldo falaram assim antes do debate em que esteve o ministro; Rafael Costa disse... “Na verdade a "canalha" está pedindo que a cultura também convide jornalistas "mais isentos" para o Roda Viva tipo um Mino Carta ou Paulo Henrique Amorim. 9:12 AM”. Já um dia após o programa encontravam-se textos tipo; “Repararam como O DO CHAPEU quis aparecer mais do que o entrevistado? Ele falava meia duzia de baboseiras e depois indagava ao Supremo: O que o sr. acha? Nem Gilmar Mendes aguentou… E esse juiz parece que saiu de um romance de Jorge Amado”... Escrito por alguém que se intitula Mariovaldo em 19/dezembro/2008 as 21:20. Era o contra ataque vindo dos leitores do Paulo Henrique. Nesta guerra de opiniões publicadas só os que não dispõem de argumentos ficam de fora. Mas nada se compara a batalha campal que aconteceu nas horas que antecederam e posteriormente a entrevista com o delegado. Às 12:36 no dia 22/12/2008, o Jornalista Luis Nassif, que foi introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no país, como ele mesmo se define, botava lenha na fogueira ao pôr em seu Blog o delicioso editorial da Revista Carta Capital que estava nas bancas. Lá estava novamente o seu exercito. O mais competente que passa pelos blogs de política. Às 22:21 ele abriu uma nova postagem com o titulo “O Roda Viva de Protógenes”, onde fazia uma analise dos jornalistas que estavam participando da inquisição ao Delegado. O primeiro comentarista já dava uma idéia da fúria que se abateu sobre esta legião; 21:29. Enviado por: Túlio. “Que falta de vergonha a seleção dos jornalistas nessa entrevista… Estão concentrando as perguntas em possíveis erros no relatório do inquérito”. 23:41 Azenha perguntava; “PROTÓGENES NO RODA VIDA. E AÍ? Alguma informação relevante? Um internalta responde; “Sim. A primeira de que há provas incontestes de que o banqueiro Daniel Dantas cometeu crimes capazes de levá-lo à prisão. A segunda quando o delegado afirmou que o que deveria chocar o país era a imagem de pessoas passando fome e nunca a imagem de bandido rico sendo preso algemado”. Pedro - Bahia (23:59).
Nesta guerra de Blogs políticos até agora só uma entidade saiu chamuscada, a TV Cultura que não soube ou não quis convidar as pessoas certas para a bancada de entrevistadores. Nem amigos nem inquisidores, a lógica manda que o jornalismo seja livre. Inclusive das pressões políticas para manipular listas que depois possam ser questionadas e serem acusados de parcialidade. A pluralidade era o caminho a ser seguido. Não adianta defender aquilo que é indefensável. Mas uma coisa é certa, esta guerra é de idéias e ganhará quem melhor souber colocar as suas e de forma competente. Além de ser divertida. A frase que sintetiza isto foi dita por Ricardo Noblat quando citou o nome do ministro e se referiu a ele como; “Gilmar Dantas”. Vá entender a fixação dele por esse trocadilho. Você pode até me perguntar de que lado eu estou e eu lhe digo sem medo de errar, não concordo como o que a Tv Cultura fez nos dois programas. Tenho dito e escrito.

LIDICE DA MATA DESTINA R$ 300.000,00 PARA SÃO JOÃO 2009

O município de Paulo Afonso, no vale do São Francisco baiano, na divisa com os estados de Sergipe e Alagoas, foi contemplado esta semana com R$ 300 mil do governo federal. Os recursos serão aplicados na captação de convênios para a realização da tradicional festa de São João na cidade em 2009. O investimento é referente a uma emenda encaminhada pela deputada federal Lídice da Mata (PSB).
Os recursos estavam previstos em uma emenda da deputada Lídice da Mata

POPULAÇÃO DE ABARÉ EM PÉ DE GUERRA

A construção de uma ponte sobre o Rio São Francisco no distrito de Ibó, região de Abaré, causa o protesto de 12 famílias que tiveram suas casas às margens da BR-116 desapropriadas para a obra. De acordo com os moradores, o governo federal ainda não enviou o dinheiro da indenização e as intervenções que ocorrem neste momento abalam a estrutura das casas. As obras foram reiniciadas pelo exército na última semana e, desde então, os moradores reclamam que as intervenções abalam e racham os imóveis devido à movimentação de máquinas pesadas. A ponte ligará Ibó à Ibó pernambucana, na região de Belém de São Francisco. Este também é um motivo de protesto, uma vez que muita gente no local vive da atual forma de travessia de veículos, feita com uma balsa. Com a ponte, o transporte tradicional será aposentado e muitas famílias reclamam que perderão sua fonte de renda. As informações são do A Tarde.

O ECAD NÃO ARRECADA, ELE RETIRA.


Música “di grátis” ou música paga. Muito antes de falarmos de downloads na internet ou CD’s piratas, poderíamos discutir o papel do ECAD nessa história toda. Sociedade civil, de natureza privada, instituída por Lei Federal e mantida pela atual Lei de Direitos Autorais brasileira exerce sobre os produtores de eventos uma pressão de polícia. O intuito desta associação que mais parece um bando é o vil metal, chegando inclusive a cobrar de um mesmo estabelecimento uma tributação em dobro, o que é vedado pela receita federal. Mas o ECAD faz isto. Ex: um clube social paga mensalmente o imposto por ser local onde há execução de música, quer seja com banda ou mesmo mecânica. Todos os meses a fatura vem. E este mesmo clube resolve fazer um evento com Caetano. O que o ECAD faz? Manda um de seus “educados” trogloditas cobrarem pelo evento. É certo que o letrista, o músico e o arranjador, ganhem pela criação da obra. Mas deve se buscar uma outra forma que não seja um bando de mercenários em busca de dinheiro. E porque só os compositores que não são conhecidos nacionalmente reclamam da forma de distribuição dos direitos autorais? Porque os “medalhões” quando falam na mídia todos escutam. É o caso de... Quando fala rodos nós queremos saber o que está acontecendo.

E o que acontece quando alguém questiona o ECAD? Foi o caso de Tim Rescala. Eles movem processos para calar a boca do transgressor.

Há de surgir um novo modelo para arrecadação de direitos autorais no país que passe longe do formato atual. Se você compõe uma música e quer que ela seja conhecida, quem deve pagar por isto, primeiro é a gravadora que irá prensar o disco e depois o cantor que a irá interpretar.

O formato civil do ECAD, sem que haja fiscalização pública, sem que esse pessoal dê satisfação alguma do que arrecado da população é errado e deve ser revisto.

E aqui chegamos à encruzilhada da música grátis.

O autor para ver sua obra fazer sucesso depende de um(a) cantor(a) para interpretar o que ele criou. Sem isso a obra não sairá da folha de papel dentro de uma gaveta num canto escuro. O cantor precisa da rádio e da Televisão para se visto e para obter sucesso imediato. A Rádio e a TV precisam de boas músicas, de bons artistas para ter sua programação vista pela população, mas é aqui que mora a encrenca. Só a rádio e a TV entram com dinheiro nessa brincadeira. Na ponta da exploração ficam os produtores de eventos que não tem nada com essa história de compor e são eles quem paga o pato dos problemas criados pelo ECAD para arrecadar dinheiro sem que preste contas de um centavo arrecadado do evento. Quem paga nunca teve o direito de saber a quem foi repassado o dinheiro que lhe custou dias de trabalho para que a festa desse certo. Neste caso o ECAD “justifica” que usa critérios próprios. Não é de mais perguntar, que critérios são estes?

Estamos em época onde baixar música livre é o modelo que se estabelece. Inclusive com a concordância do Ministério da Cultura do Brasil. Basta ver a discussão que está sendo feita por todo o país sobre Direitos Autorais.

O governo está colocando a mão na cumbuca, se conseguir sair ileso, sem arranhões, conseguirá um feito. Desmascarar a caixa-preta existente neste bando que se diz defensor dos autores de músicas no Brasil.]

PAULO AFONSO COM 17 VEREADORES

Está confirmado, Paulo Afonso terá mais 06 vereadores chegando ao total de 17.

Veja a lista de todas as cidades da Bahia e como ficou cada uma delas depois da PEC 20/2008.

LISTA

A lista dos novos vereadores: Zé Ivaldo (PC do B), Cabral do PT, Dinho (PP), Zezinho do INPS (PSB), Delmiro do Bode (PSB) e Marquinhos do HNAS (DEM).

Com estes vereadores assumindo a oposição obtém a maioria folgada da casa legislativa.

A CAMA (Do Livro: QUANDO O AMOR INCOMODA)



Imagem ilustrativa

Sabe quando você chega em casa cansado de buscar trabalho? Esgotado feito um condenado depois de um dia estafante e que ainda teve aquela discussão com o chefe daquela empresa que não gostou do seu currículo só porque você informou que está a um ano desempregado. Ou mesmo daquele papo que teve com os amigos e amigas no bar da esquina onde vocês sempre se encontram para tomar aquela bebida gelada que nunca falta? Bom, então você vai entender do que estou falando!

Depois deste dia estafante e cruel, você vai tomar aquele banho morno para dormir, pensando que esta noite será a mais bela de todas que você já viveu. E que amanhã tudo será diferente. A água lá atrás é só para ilustrar, porque a que aqui desce é um gelo só. E seu corpo em frangalhos de não fazer nada. Claro não é por que você não procura um trabalho é que ele nunca lhe encontra. Você saboreia aquele pão que ficou da manhã e seu amor guardou especialmente para esta hora sagrada. Ao som do ovo estrelado na frigideira com uma margarina qualquer. Este é o seu dia de sorte amigo. Após longos minutos sentado à mesa, imaginando os problemas do mundo e vendo todas as soluções que você poderia dar. Em seguida e não tendo mais o que fazer, seu corpo é colocado para descansar naquela cama que mede dois metros e vinte de largura por três e dez de comprimento, você pega o travesseiro com o maior carinho que pode dispensar a um bem material. Depois cobre seu corpo cansado com aquele lençol com cheiro de amaciante que só sua esposa sabe lavar, com aquela maquina que lhe custou os olhos da cara.

Alguns minutos depois de seu corpo estar exposto e pronto para dormir, ela chega e cola em seu corpo como um só. Neste instante todos os metros de colchão não servem mais para nada agora. Você fica restrito a trinta centímetros na beira da cama, quase caindo da mesma. Agora vá e peça para ela para ir um pouco mais para trás. Faça esta desfeita e a resposta, de todas será sempre a mesma:

- você não me ama mais?

Sua noite acabou de acabar. Não adianta você explicar que é só o cansaço, que você só quer um pouquinho de espaço na cama e nada mais. Pior se, por algum deslize sua boca comete o pecado de pronunciar:

- meu amor, não tem ninguém, é que...

Pode parar, você deu todos os motivos do mundo para que o resto de sua noite seja um tormento. Preste bem atenção no que vou lhe dizer e guarde para sempre este conselho:

- Nunca, mais nunca mesmo, abra a boca para se justificar para sua mulher de algo que ela nunca vai compreender. Elas nunca perceberam as nossas necessidades. A importância de uma noite com as amigas.

Retire o final da frase e coloca:

- ... Com os amigos, que é para não complicar mais isto.

O sono é desesperador e aquele choro que nem faz barulho e nem fica calado incomoda que só a zorra. Já são duas e meia da manhã e o que você continua ouvindo? A voz dela a falar que você não compreende o amor que ela tem por você.

- Meu amor não é isto...

Que você prefere os seus amigos. Aqui, tomará que ela não lembre que algumas dessas pessoas são do sexo feminino. Lascou tudo se aquela sua amiga de infância, mesmo nunca tendo lhe dado a menor bola, ter o nome envolvido na peleja.

- E aquela sua amiga a Cida, estava lá também?

Deste momento em diante, agora você compreende. O melhor que você faz é ficar calado. Meu amigo! Tentar explicar algo que não convence é pior do que fazer de conta que ele não lhe pertence. Eu sei, é difícil, mas não custa nada ficar de boca calada. A noite pode terminar com você ocupando um pouco mais da cama e aquele sono que você estava sentindo, pode até retornar. No mais tenha a certeza, esta é só mais uma briguinha de casal e quando você estiver disposto, você não é maquina, assim como eu não também não sou, tudo voltará ao normal.

Mas se na manhã seguinte ela ainda vier com a mesma conversa, seja homem, tome uma atitude, se imponha, pegue o que restou de copias do seu currículo e vá à luta, mostre a ela que você é o homem da casa. Não se esqueça de voltar mais disposto nesta noite ou o vizinho pode querer tomar seu lugar.

CARTA AO MEU AMIGO DA CAPITAL (2)

Amigo me fala o que está acontecendo ai na cidade grande! As noticias que chegam por aqui não são das melhores. Dão conta de que ta todo mundo perdido com o trabalho por ai. Será que é mais uma invenção dos que perderam ou tudo o que falam é a pura verdade? Aqui no sertão a chuva apareceu, acho que este ano a colheita vai ser melhor. Vai ter feijão por um preço bom. Mas amigo me fala das aquisições do governo! Como anda a turma que ajudou ele a ser eleito? Já deu fruto por ai? É que me falaram que ta todo mundo brigando com todo mundo. É verdade?

Soube que entrou no governo a turma do “Sempre Governo”. Se isto for mesmo verdade já imagino quantos dos nossos vão ficar desempregados em nome da governabilidade. Você quer saber o que eu penso disto? Acho um erro o que boa parte da esquerda vem fazendo ao chegar ao poder. Eu sempre fui péssimo em matemática, só para você ter uma idéia, até somando eu uso os dedos para isto, mas não fala isto para os outros, fica só entre nós dois. Agora vejamos esta conta! O nosso governo foi eleito com exatos 3.242.336 o que nos deu 52,89% de apoio popular e foram estas pessoas, grande parte delas de militantes que durante anos estiveram nas ruas combatendo a corrupção e a ditadura existente na nossa Bahia que elegeram Wagner Governador. Do outro lado estavam os que se locupletaram durante anos dentro dos governos de direita e para ser mais simplista, a minoria da população esteve com eles. Então meu velho amigo me diz que conta danada é essa que está sendo feita por ai, onde a maioria é preterida e a minoria recebe compensações. Hoje aqui no meu interior vejo pessoas que a bem pouco tempo estava no PFL e agora ocupam cargos de “confiança” em nosso governo. Ta difícil companheiro, de explicar a militância tudo isto que está acontecendo por aqui. Como pode alguém ser eleito pela maioria e governar com a minoria?

Ainda ontem recebi noticias dos quatro cantos da Bahia de que o mesmo está acontecendo por lá.
Amigo me manda noticias daí para me informar se o Partido já tomou alguma decisão de apoiar um outro candidato a governador nas próximas eleições, é que não quero ser pego de surpresa com essa noticia. Você pode até achar que eu estou por fora, mas é que eu estou só pensando. Porque do jeito que estão governando ta todo mundo achando que o Governador não vai pra reeleição.

Sei que você está bem próximo do poder e eu quero aproveitar essa nossa amizade para mandar um recado ao titular da pasta se possível for: “Diz a ele que ta na hora de assumir o governo da Bahia!”.

Camarada, faz tempo que usei este termo, me conta tudo o que passa na administração. Eu torço muito para que ela dê certo. Foram tantos anos sonhando com a mudança que quase perdi a noção da minha própria vida. Os que hoje se locupletam com a complacência dos que pegaram o vírus do ar-condicionado em gabinetes ai da capital galhofam da persistência dos que ainda acreditam que irão transformar a sociedade em algo mais justo para todos. Nestas horas percebo como fui ingênuo no inicio do nosso Governo. Devia ter "peitado" os erros de frente, mas cometi um outro maior, me calei diante do que acontecia ao meu redor e quando quis dar um basta junto com outros amigos nosso você já sabe o que aconteceu, alguns foram expulsos do partido, outros receberam suspensão. Amigo eu não lembro ter visto, lido ou ouvido falar em um rito tão sumario como o que aqui existiu para afastar os que pensam diferente da cabeça de um deputado estadual, mas não adianta ficar lembrando mais disto.

Meu amigo, você pode ate perguntar por que eu fiquei tanto tempo calado, é que há dias para tudo amigo, se antes eu calava para proteger nosso governo, hoje é dia de eu falar. Não posso ver tudo o que sonhei ser entregue novamente aos mesmo que governaram a nossa Bahia durante séculos e ficar calado aqui no meu exílio voluntário. Espero em Deus, que eu possa falar publicamente sobre tudo o que estou ouvindo e vendo. Neste dia, neste dia... Bem amigo tenho saudades de nossas conversas e dos amigos em comum, fala pra eles que continuo aqui neste meu mundinho onde o vento encosta os “báscui”, mas que não esqueço de nenhum deles, estão todos no meu coração. O meu sonho não acabou.

A CRISE TEM PAI E MÃE

Ela é fruto do neoliberalismo defendido pelo DEM e PSDB.
Não é uma específica questão de estratégia eleitoral, um mero discurso. É uma questão de verdade, em decorrência, transformada em estratégia política. Haverá impactos na economia brasileira, originados pela crise financeira global - já estão ocorrendo.

Mas, é bom lembrar que a crise financeira mundial foi provocada pela exacerbação do modelo neoliberal, que promoveu, durante décadas, a desregulamentação bancária. Os governos não deveriam intervir, tudo seria resolvido pelo mercado, diziam eles (lembrem-se da revista Veja, lembrem-se da Folha, do Globo, do Estadão...). Estado mínimo era a tese central.

O PT e partidos de esquerda vão cobrar isso. Emn tempo de eleição, ou não. Com a crise financeira mundial, os neoliberais perderam, na teoria e na prática. A corrente interna do PT “Construindo um Novo Brasil” saiu na frente e promoveu um seminário sobre o assunto.

Neste final-de-semana (07/12) ocorreu em São Roque (SP) o III Encontro da corrente “Construindo um Novo Brasil”, da qual fazem parte Ricardo Berzoini, Luiz Soares Dulci (Secretário-Geral da Presidência da República), Maurício Rands (Líder na Câmara Federal), Ideli Salvatti (Líder do PT no Senado), Gilberto Carvalho (Gabinete da Presidência), Marco Aurélio Garcia (Assessor da Presidencia), Gleber Naime (Secretário de Comunicação do PT).

Na Bahia, vinculados à corrente, destacam-se o deputado federal Zezéu Ribeiro, o ex-deputado Josias Gomes e o ex-presidente do PT estadual, Emiliano José. Em Minas, são filiados à corrente o ministro Patrus Ananias (Bolsa-Família) e o presidente eleito da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda. São alguns exemplos.

Apesar dos exemplos relevantes citados, a mídia e as colunas dos “formadores de opinião” vinculam a corrente “Construindo um Novo Brasil” somente ao nome do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Nada contra. Mas, é muito pouco. Não sei qual a intenção, você sabe?

Do “III Seminário Construindo um Novo Brasil” participaram dirigentes nacionais, parlamentares, militantes, prefeitos, ministros petistas.

MAIS IMPORTANTE É PROJETO POLÍTICO

Claro que o seminário avaliou os dois anos do segundo mandato do presidente Lula, claro que se fez o planejamento para os próximos dois anos, visando a sucessão de 2010. Claro que as eleições municipais foram avaliadas.

Entretanto, houve um consenso: a principal tarefa do PT é a resposta à crise financeira mundial, a defesa da manutenção do crescimento econômico, a criação de empregos, o aumento da renda. A corrente petista majoritária descartou a prioridade da escolha de uma candidatura presidencial e a eleição de uma nova direção nacional.

Faz sentido, porque do projeto político, do combate à crise mundial, dependerá a sucessão em 2010.

O POVO GANHOU, A ELITE PERDEU

Gilberto Carvalho destacou o êxito do governo Lula e as eleições de 2010 como o grande momento de reafirmação desse projeto.

“Praticamos um programa que tem produzido mudanças efetivas na vida dos mais pobres. Sabemos o que o povo ganhou e o que a elite perdeu. Isso nos obriga a uma dedicação ainda maior do que em 2002 e 2006. Temos de avançar e estabelecer correlação de forças ainda maior”, disse.

A partir de agora, será preciso elaborar um novo projeto. “O Brasil amanhece o ano de 2011 muito diferente do que amanheceu em 2003. Há um novo país, qual o projeto que temos para ele? 2009 deve ser de intensa reflexão sobre esse tema. E o método mais rico de elaboração é aquele que parte de nossas experiências. A riqueza que foi o Brasil nos últimos anos é a matéria-prima de dessa reflexão”.

LEIA TUDO NO SITE CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL

A FESTA (Do Livro: QUANDO O AMOR INCOMODA)

Imagem ilustrativa

Acaba de começar a semana e já é segunda-feira, são 09h34m da manhã e ela me fala que no próximo sábado vai haver uma festa no clube da cidade. Perceba que serão sete dias o que separa o primeiro contato entre duas pessoas que se amam da data do tal evento. Porque eu falo isto? Porque você perceberá ao longo desta narrativa a tortura que é esperar esta extensa semana enquanto meu amor se prepara para mostrar para todos a nova dança que aprendeu com as amigas no salão.

À noite ao chegar a casa dela sorrindo de felicidades, pois irei encontrar o meu amor novamente. Ela abre a porta e me dá um beijo carinhoso. Apaixonado como sempre digo. – Eu te amo! Todas as vezes que falo isto para ela é a mais pura verdade. Mas a sensibilidade feminina que todos nós conhecemos nas mulheres, aparece nas belas palavras que vem daquela boca maravilhosa.

– Tá lembrado da festa? Não vá dá pra trás agora! Já marquei com minhas amigas e todas vão estar lá!

AV. DORIVAL CAYME, SALVADOR - BAHIA.


VIDA DURA ESSA (Do Livro: QUANDO O AMOR INCOMODA)

Ela não me entende e não vou perder meus dias tentando convencê-la de que não sou um cara que vive andando atrás de outra.

– Eu disse outra? Melhor outras!

Já tinham decorrido 15 dias que nós tivemos a ultima briga por causa de ciúmes dela. Revoltei-me naquele momento e entrei em greve. Acho até que foi ela quem começou. Peguei meu lençol e desci as escadas, fui me acomodar no meu velho e amigo sofá. Ali eu e ele nos tornamos inseparáveis naqueles dias. Sua cor amarela ouro, seu encosto de braço, cada lugar daquele amigão de todas as horas eu já conhecia. Sabia onde podia ou não ringir sua madeira.

Mas depois de tantos dias sem ter contato com minha esposa eu já estava subindo pelas paredes, agredindo o vento literalmente. Ela lá no seu canto impassível, irredutível na sua decisão de castigar seu homem. Passava por mim e o máximo que conseguia dela era um “oi”. Durante este longo período, por varias vezes tentei me chegar a ela, mas fui repelido. Se existe uma coisa que elas sabem fazer é nos maltratar. A primeira coisa que fazem é abstinência sexual. Nós pobres mortais ávidos para dar amor a nossas companheiras sofremos com isto.

UMA NOITE BREGA (Do Livro: QUANDO O AMOR INCOMODA)



Magem ilustrativa

Eu tinha chegado durante a tarde naquela cidade. Me deparei com uma tarefa das mais dolorosas das que costumo passar. Ir a uma festa de São Pedro e ouvir um artista que não é nordestino cantando música brega. Não sei o porquê da contratação desses artistas durante os festejos juninos, mas parece que virou moda nas cidades de médio porte que realizam festas juninas. Lá pelas 21h eu estava diante do portão de entrada e era espremido pela multidão que queria entrar. Eu seguia os passos de um casal de amigos. Pisávamos na lama, o que já era sinal de que aquela noite seria uma tortura.

A área tinha uma quadra de esportes que ficava coberta. Vocês imaginam que quando a chuva começava e isto ocorreu durante boa parte da noite, aquela multidão tinha a mesma idéia, se amparar debaixo da cobertura.

Os meus amigos tinham marcado um local para encontrar seus amigos. Ficava encostado em uma coluna que dava sustentação à bendita cobertura da quadra. O que eu não poderia imaginar era que naquele local...

O FIM DO VOTO CONCIENTE

Para quem militou durante o final dos anos 70 e por toda a década de 80 sabe muito bem do que vou falar neste texto. Naqueles dias muitos dos nossos parlamentares eram eleitos através do chamado voto consciente, ou como outros chamavam voto de protesto. Eram personalidades engajadas com os movimentos populares que conseguiam mobilizar a opinião pública unicamente através do discurso.

Os anos se passaram e com isso vieram as campanhas políticas caras. Hoje para que um candidato possa estar presente na comunidade ele terá que gastar uma soma vultosa. Um candidato a Prefeito em uma cidade de pequeno porte não faz sua campanha por menos de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Esse dinheiro é gasto na infra-estrutura dos comitês, em material de propaganda e na “compra de votos”. Aquele candidato que melhor souber colocar seu exercito nas ruas para encontrar famílias inteiras e pessoas dispostas a vender o seu voto, terá grandes chances de sagrar-se o vencedor do pleito eleitoral.

O candidato a vereador que tenha sua vida ligada as associações populares não garante um bom desempenho nas urnas se não tiver um grande volume de recursos para “doar” durante a campanha. Estão sendo eleitas pessoas descomprometidas com a população. Hoje o dinheiro é determinante para o sucesso ou o fracasso de um candidato nas urnas.

A direita, a esquerda, o centro, todos se utilizam atualmente do dinheiro para obter sucesso nas eleições. A “prostituição” política está enraizada nos partidos e na população que vende o seu voto. Ou são procurados ou procuram os políticos para obter vantagens. É difícil saber quem é o corrupto ou quem é o corrompido.

São mais quatro anos de espera para mudar algo que tenha sido feito errado. Mas quem vai pagar por isso?

CIDADANIA, ÉTICA E ELEIÇÕES MUNICIPAIS.

Mário Moura


 

Em outubro realizam-se as eleições para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o Brasil. Será um momento em que decidiremos as nossas vidas e a vidas dos nossos municípios para os próximos quatro anos. Por isso estar conscientes que o voto-cidadão é um dos pilares a elaboração de políticas públicas estruturantes que assegurem o desenvolvimento com inclusão e justiça social é de suma importância. Antes, porém precisamos discutir sobre dois princípios fundamentais nesse processo: a cidadania e a ética.

Podemos dizer que ser cidadão/cidadã é ter direitos. Que direitos são esses? a) o direito à vida, à igualdade ante as leis, à propriedade (direitos civis); b) a participação nos espaços de decisão da sociedade (direitos políticos); c) a participação de todos, sem distinção de classe, etnia e credo religioso, na distribuição de renda, o direito ao trabalho, a saúde, a moradia, a educação, a cultura, a uma vida digna (direitos sociais). Ser cidadão/cidadã implica cumprir com seus deveres.

O que é ética? Podemos afirmar que é uma ciência que estuda os juízos morais referentes à conduta humana. "É uma realidade da ordem dos fins: viver bem, morar bem. Ética tem a ver com fins fundamentais (como poder morar bem), com valores imprescindíveis (como defender a vida, especialmente a do indefeso), com princípios fundadores de ações (dar de comer a quem tem fome), etc" (Leonardo Boff).


 

E A GENTE, O QUE TEM A VER COM ISSO?

O mundo hoje vive uma crise de paradigmas e esta está ligada a três grandes problemas: a crise social, a crise do sistema de trabalho e a crise ecológica. Nos últimos anos do século XX e início do século XXI, aumentaram de forma impressionante o nosso conhecimento e a tecnologia: conseguimos decifrar e manipular o genoma humano, iniciamos a era espacial e a descoberta de novas teorias a respeito do universo. Não é a toa que a atual sociedade é chamada da sociedade do conhecimento e da comunicação.

Em contrapartida, aumentaram assustadoramente as desigualdades entre ricos e pobres (crise social), a expansão da robótica e da informática, aliados a revolução tecnológica e a automação da produção, descartaram o trabalho humano e criaram milhões de excluídos no mundo todo (crise de trabalho), também aumentou-se o desequilíbrio no meio ambiente provocado pelo uso e descuido dos recursos naturais (crise ecológica). Não temos a ética e a política adequadas para vivermos melhor, apesar de todos os recursos científicos que possuímos.

E o Brasil nossa cidade? Nós homens, mulheres, jovens, trabalhadores, estudantes, militantes, etc., oriundos das classes populares, dos subúrbios, da caatinga, dos vários recantos... temos idéias, esperanças e lutas. E um projeto para o Brasil e conseqüente para os nossos municípios deve ser pautado em alguns pontos: Primeiro: o processo democrático em curso no país exige de cada cidadão/cidadã postura de engajamento e compromisso político-social. Essa postura baseia-se na responsabilidade e o respeito pelo bem público. Segundo: nós somos responsáveis em fazer acontecer o nosso presente e projeto do futuro para que nossa cidade, nosso país, nosso estado e o mundo tenham uma economia solidária, uma política alicerçada na democracia, socialmente igualitária, pluralmente cultural e com sustentabilidade ambiental. Terceiro: como cidadãos/cidadãs somos atores e sujeitos na história e para tanto é preciso ter consciência do nosso papel e como funcionam as engrenagens das relações de poder no bairro, na escola, no trabalho, no partido político, no poder público, etc. Essas tarefas exigem que comecemos a agir por onde conhecemos mais, por onde construímos e carregamos nossas identidades. Construir e carregar uma identidade implica em conhecermos a nossa história pessoal e a história política, econômica e cultural de onde pisamos e estamos, quem foram e quem são os responsáveis pela gerência pública e qual a função do cidadão/cidadã no controle do poder local. Quarto: queremos ocupar espaços de decisão elegendo pessoas que tenham um compromisso político-social e ética para serem porta-vozes do povo, nas câmaras e conselhos municipais, conquistando e acompanhando políticas públicas que respondam aos desejos da população e que reforcem a responsabilidade do Estado com a educação, saúde, habitação, etc., de qualidade e gratuita. Quinto: o exercício da democracia é uma atividade ousada, plural, inclusiva e coletiva. Nós precisamos como lideranças incentivar a todos os atores sociais ao fortalecimento da cidadania e de uma consciência crítica e da articulação com os movimentos sociais.


 

O VOTO: SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS!

Nenhuma eleição é igual à outra. A que vai acontecer tem o seu caráter próprio, porque a história é dinâmica e avança e os eleitores, a cada eleição vão melhorando e aperfeiçoando o senso crítico. Por isso, o voto é o modo mais concreto que cada pessoa tem para expressar a sua voz e exercer a sua cidadania. Dessa forma, não votar ou votar de forma irresponsável e errada significa pôr em risco o processo democrático e possibilitar que os nossos velhos conhecidos "coronéis" de sempre e corruptos de carreira ocupem o espaço da política e barrem que os verdadeiros, cidadãos/cidadãs possam transformar a realidade social, ecológica e humana.

Ao sairmos pelas ruas e nos diversos espaços, percebemos que o assunto do momento gira em torno da política como se em algum outro momento isso não existisse, e como se todos nós não fizéssemos parte disso. E o pior é que se ouve com muita freqüência "odeio política", "quero saber disso não". Um país que tanto lutou para reconquistar a democracia e o direito ao voto, não pode abominar através de seus cidadãos/cidadãs um dos seus principais pilares.

O nosso país, estados e municípios têm uma realidade assustadora: uma minoria privilegiada com direitos, milhões de analfabetos (22 milhões), desempregados (17 milhões), na miséria e pobreza extrema (34 milhões), além do mais, a impunidade, a desorganização civil e a dificuldade de reivindicarmos os nossos direitos são males ainda presentes. Dessa maneira, não podemos nos dar ao luxo de termos memória curta e de esquecer o curso da história, bem como, trocar o nosso voto por favores pessoais, algumas cestas básicas, cimento, telhas, tijolos, consultas médicas, combustível, próteses dentárias e tantas outras. Se paga um alto preço pela memória curta: repetir erros. A cesta básica e os favores pessoais passam e acabam, porém o estrago que determinado político profissional possa fazer dura muito tempo e desta maneira, interfere diretamente em nossas vidas. Quando esquecemos o princípio do bem-comum e trocamos o nosso voto por desejos particulares, estamos nos condenando a fazer dele um favor, uma esmola! Perdemos a nossa dignidade como seres humanos quando nos contentamos com as migalhas que nos jogam e oferecem!

Há também de fazermos valer a Lei Nº 9.840 de 29 de setembro de 1999. Como cidadãos/cidadãs cabe a nós identificar todas as irregularidades que estejam sendo cometidas em termos de compra de votos e de uso da máquina administrativa e levá-las ao conhecimento da Justiça Eleitoral.  As denúncias podem ser feitas por qualquer eleitor que descobrir, isoladamente, que alguma infração está sendo cometida. Mas a fiscalização será mais eficaz se for feita em grupo, criando-se, com outras pessoas igualmente dispostas a participar, um Comitê de Combate à Corrupção. Esse Comitê pode visitar as pessoas e instituições como os conselhos municipais, a representação da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, o bispo diocesano ou o padre da paróquia, bem como bispos e pastores de outras igrejas, o Juiz Eleitoral e o Promotor Eleitoral da comarca, os dirigentes dos partidos presentes no município, para informá-los da existência do Comitê e do seu propósito de fiscalizar as campanhas eleitorais. Com o mesmo objetivo, os jornais e rádios locais, assim como as emissoras de TV eventualmente existentes no município.

O voto é muito importante e, através dele estamos construindo a história de nossa cidade e de nossa sociedade. Neste sentido, as eleições constituem-se um momento singular, pois todo candidato é chamado a assumir responsabilidade política para comprometer-se com o povo. Sabemos que as grandes questões e problemas mundiais, nacionais e locais não se resolvem com a eleição de um homem ou uma mulher para ocupar determinados cargos, mas quem vai ocupá-los deve estar ciente de seu papel sócio-político. É preciso também desmistificar certa visão messiânica ou apocalíptica das eleições, bem como, criticar a idéia de que todo político é "corrupto", "ladrão" e "igual". Temos que separar o joio do trigo.

O importante mesmo é a definição de novos modelos de Estado e país e isso só vai concretizar se não bastar-nos apenas em inserir o voto na urna. Nós temos a obrigação ética de acompanhar os representantes eleitos de forma colaborativa e cobradora para que os compromissos de campanha sejam cumpridos.

Por causa da atual crise ética e política com escândalos de corrupção e mau uso do dinheiro público, muita gente está decepcionada e desiludida. O que preocupa é que este afastamento da política está parindo pessoas indiferentes a realidade, porém muitos também vêem nesse momento, ocasião para o amadurecimento e aperfeiçoamento das instituições democráticas do país e assim construir um Brasil de fato, onde o Estado de Direito cumpra o seu dever respeitando a cidadania que cada um de nós possui.

A política não é apenas algo que envolve discursos, promessas e eleições, nem algo sujo, distante e satanizado. É sim, a busca do bem comum, alicerçado no respeito pela pessoa e a diversidade, na afirmação do bem-estar social e na existência de uma sociedade justa, democrática e igualitária.

Exercer a cidadania, a ética e a política não é fácil, talvez nunca seja, pois cada uma delas carrega na sua essência o pluralismo e a dinâmica das transformações. E promover transformações é um grande desafio. Cabe a nós sermos os protagonistas dessa bonita e terna história! Eis os nossos motivos mais íntimos para jamais perder de vista um novo mundo, uma nova América Latina, um novo Brasil... nossas esperanças, lutas, sentimentos, amores... Convicções!

A MINISTRA E A MORTE DO TORTURADOR

Emiliano José: 13/05/2008 15:14:21 - Fonte Carta Capital


Quando alguém era preso entre o final de 1968 e 1977, para fixar um período, era tudo violência. Lembro, para recorrer à minha própria história, que já cheguei sangrando e sem camisa à sede da Polícia Federal em Salvador, no dia 23 de novembro de 1970. Depois, foi pau-de-arara, choque elétrico, afogamento, pancadaria, sangue. Menti que menti. Não conhecia um único endereço em Salvador, onde estava havia quase um ano. E não lembrava o nome de uma única pessoa. Se falasse a verdade, meus companheiros, minhas companheiras, viriam a sofrer as mesmas atrocidades.

Gozado que eu refletia sobre isso logo que caí. É, não estranhem, nós falávamos em queda quando alguém era preso. Dizíamos: o companheiro caiu para nos referirmos à prisão de alguém. Ainda estamos a dever um estudo sobre o nosso discurso particular do período. Pois é, logo que caí, ainda sob pancadas, cercado de tiras, seguindo para a Federal, eu imaginava que tinha de mentir muito para não prejudicar a organização revolucionária à qual pertencia – a Ação Popular. Eu pensava: a mentira está sempre com a ditadura. Hoje eu penso no quanto há de dificuldades para dicionarizar as palavras.

Mentira pode ser ruim, não é verdade? Nós não precisamos mais do que a verdade, o revolucionário precisa da verdade. Era o que Gramsci dizia. Mas, a verdade da sobrevivência sob situações de terrorismo de Estado, como aquela em que vivíamos durante a ditadura, podia estar na coragem para sustentar histórias que não tinham nada a ver com a realidade. Devemos, nesse caso, fazer uma discussão ético-moral para saber o que engrandecia o ser humano e o que o diminuía ou até o destruía.

Para a ditadura, com seu séqüito de tortura e morte, o bom sujeito era o que dizia a verdade. Essa denominada verdade era arrancada sob as mais abomináveis torturas de adultos, crianças, velhos, freiras, padres, o que fosse. Para os revolucionários, havia a verdade da revolução, a verdade da luta contra a ditadura. E para tanto, era necessário mentir para que ninguém caísse. Para que outros não sofressem, para preservar os combatentes do lado de fora, para que a luta pudesse continuar. Os revolucionários deviam dizer a realidade dos partidos a que pertenciam?

Isso tudo tem a ver com a discussão que o senador Agripino Maia provocou quando perguntou se a ministra Dilma Roussef havia mentido. E a ministra, com dignidade, respondeu de modo brilhante, porque verdadeiro. Será que o senador sabe o que é suportar o pau-de-arara e nada revelar sobre o paradeiro de companheiros? Sabe o que é lealdade, solidariedade com os parceiros de luta? Não se tratava de verdade ou mentira. Tratava-se, isso sim, de continuar a luta contra a ditadura e, para tanto, era fundamental que outras pessoas não caíssem.

Na visão da ditadura, encarnada agora pelo senador Maia, o correto seria a ministra delatar seus companheiros. Maia, sem nenhum pudor, pensou certamente na máquina de dar choques, na cadeira do dragão, no pau-de-arara, fixou-se ali ao lado dos torturadores, e não via por que a ministra, então uma jovem de 19 anos, revolucionária convicta, companheira de Lamarca, não falar, não revelar o paradeiro de seus amigos de luta. Essa é a verdade que ele defende. Essa é a mentira que ele pretendeu atacar. O bom, o eticamente defensável, seria a delação.

Nessa discussão não se pergunta sequer se havia algum momento em que o diálogo se estabelecia. Não havia diálogo. Não havia sequer resquícios de civilização. Havia o torturador e o torturado ou a torturada. Ninguém perguntava antes se você queria dizer alguma coisa. Primeiro, você era colocado no pau-de-arara. E aí começava o diálogo do senador Maia. Os que mentissem, nesse quadro de horror, eram os mais corajosos, como a ministra Dilma. Ela tem toda razão: é muito difícil sustentar mentiras sob a tortura, sob o terror da tortura.

A tortura é a expressão tenebrosa da patologia de todo um sistema social e político – no caso, naquele momento, da ditadura. À custa de um sofrimento corporal inimaginável, teoricamente insuportável, a tortura pretende separar corpo e mente, instalar uma guerra entre um e outro, semear a discórdia entre ambos.
O corpo torna-se um inimigo – com sua dor, nos atormenta, nos persegue. A mente vai para um lado, o corpo sofrido para outro. O corpo quer o término da dor. A mente pede que não ceda. Se não há solidariedade entre corpo e mente, o ser torturado fica exposto ao sol e à chuva, ao desabrigo absoluto, sem chão, entregue às ansiedades inconscientes mais primitivas.

Essa última parte está no meu livro Galeria F – Lembranças do mar cinzento, volume I, editado pela Casa Amarela. Quando o torturador consegue com que o torturado fale, tem nas mãos os despojos de um ser humano. Tudo isso é fruto da reflexão psicanalítica de Hélio Pellegrino. Se a pessoa não morre – se não fala – morre então o torturador, moralmente destroçado não pela mentira de sua vítima.

O torturador morre porque se defronta com um universo muito mais forte do que todo o terror que ele pode empregar: a lealdade, a solidariedade com os companheiros, a dignidade que se agiganta diante da barbárie, a responsabilidade histórica, coisas intangíveis, que só os espíritos nobres podem abrigar. O torturador – e a ditadura – vive da morte e na morte, sempre. O senador não cometeu nenhum deslize. Apenas revelou o que é: um partidário da tortura e da morte. Não se pode sequer falar em ato falho. Afinal, a esmagadora maioria dos integrantes de seu partido defendeu a ditadura e seus métodos.

Dilma derrotou seus algozes, os monstros que pretendiam destruí-la. Abrigava sentimentos nobres em seu coração, ideais revolucionários sólidos. Talvez pensasse, então, com Gramsci, ele outra vez, ser uma mulher comum, mas de convicções profundas. Nem Gramsci foi um homem comum, nem Dilma é uma mulher comum, no entanto. E a história dela está aí para provar. Sua dignidade comprovou-se naquele momento sombrio de nossa história. E ela seguiu adiante, inteira, o que não é fácil. Hoje tem o orgulho de falar daquele passado, dizer que não delatou seus companheiros porque estava ao lado da revolução brasileira, pela qual ela continua a lutar até hoje integrando o governo Lula, a mais bem-sucedida experiência de distribuição de renda e de inclusão social de nossa história, a nossa revolução democrática.

Em solidariedade ao Nassif e repúdio à Veja e ao grupo Abril

O leitor Dimas Roque deixou um comentário na postagem Datafolha: Lula bate recorde de aprovação, em que denunciava a agressão de que estava sendo vítima o jornalista Luis Nassif.
Fui até o blog do Nassif e li a postagem Os ataques à família, em que ele fala da dor de ver a esposa chorando, por conta dos ataques do pitblogueiro da Veja, e me pergunto: até quando se vai permitir que ele continue a ofender as pessoas?
Não é possível que os jornalistas continuem a tratar essa pessoa doente e nefasta apenas como a aberração que é, sem uma atitude em defesa dos que ele ofende da maneira mais vil.
Será que o mercado de trabalho está tão difícil assim para que os jornalistas da Veja continuem a compartilhar a redação com alguém que detrata, ofende e achincalha companheiros de profissão?
Se o dossiê da Veja, publicado pelo Nassif, é mentiroso, por que não o rebatem, em vez de recorrerem à justiça para processá-lo e ao pitblogueiro doente para ofendê-lo?
Felizmente, ao começar seu dossiê, Nassif sabia com quem estava lidando. Seu trabalho está desmontando a fábrica de boatos e dossiês da Veja. Mais dia, menos dia, os que hoje o detratam cairão como os vampiros expostos ao sol da realidade.
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UMA IMAGEM É TUDO

Governador de Alagoas Téo Vilela entregando FLORES ao Presidente LULA do PT.





Públicado pela página www.maisfesta.com.br
LULA esteve hoje na cidade de Delmiro Gouveia – Alagoas. A visita se deu para anunciar a destinação de aporte financeiro para a conclusão do Canal do Sertão. Obra antiga, que lavará água do São Francisco para cidades do interior do estado.
Lá estavam os Ministros Guilherme do Desenvolvimento Agrário, a ministra Dilma, da Casa Civil, o ministro Gedel da Integração Nacional, o Senador Renan, o Governo do PSDB Téo Vilela.
Na fala de Gedel quando se referia à transposição das águas do Rio São Francisco. Obra polemica do atual governo. Ouve um principio de vaias. Malandro o Gedel logo sacou do bolso um dos motivos que levou todos a estar ali, o Canal do Sertão. Alguns parecem que entenderam o recado e logo começaram a puxar aplausos para a fala do ministro. Parecia estar dizendo ele:
Se for para os outros é ruim, mas se é para me beneficiar, vale retirar água do rio?
Já no final do seu pronunciamento se ouviu de forma mais afirmativa as palavras de Gedel:
- LULA, LULA, LAUA... Depois de LULA o Brasil não será mais o mesmo. Agora é um país de Fé Trabalho, esperança e Crença no Futuro... LULA, LULA, LULA.
Pergunto-me ate agora o porquê de ele ter gritado LULA, LULA, LULA. Porque três vezes o nome de LULA, LULA, LULA?

Ainda Em Delmiro Gouveia:
No inicio da fala do Senador Renan pessoas puxaram vaias. Mesmo assim ele continuou o que tinha para falar e terminou sendo aplaudido por todos.
Você pode me perguntar:
- Como isto aconteceu?
Fácil. Bastou ele pronunciar umas 13 vezes o nome de LULA que o povo o aplaudia.

De Delmiro Gouveia – Alagoas:
Um dos pronunciamentos mais carinhosos e emocionais para com LULA veio de um adversário seu, o Governador do PSDB, Téo Vilela. Fazendo referência a memória do seu Pai se referiu a uma frase que supostamente o mesmo utilizará no passado:
- LULA se os amigos não nos mandarem flores, os inimigos é que não mandaram!
Prosseguindo o seu pensamento, disse algo que deve soar como uma bomba na cabeça do senador Artur Virgilho.
- Esse TUCANO, veio hoje aqui para jogar flores no senhor.
Não precisa nem me alongar nas palavras para dizer o que aconteceu com a multidão que estava lá. Parecia o Maracanã as avessas. Agora a SAUDAR o Presidente do POVO deste PAÍS.
O Governador TUCANO foi de uma reverência ao PRESIDENTE LULA nos seus agradecimentos que a única frase que eu posso colocar aqui para expressar o que estou falando é:
- Eu quero agradecer!
Foi repetida umas cinco vezes pelo Governador TUCANO ao PRESIDENTE LULA.

E para terminar o evento na cidade de Delmiro Gouveia em Alagoas:
Ele falou. O Senhor Luis Inácio LULA da Silva.
- Tem gente que fala que o PAC é uma obra política. Não é!
- Eu estou indo a todos os estados da republica. E nem todos os governadores são da base aliada do Governo.
- Ta bom. O Serra é adversário, não do partido do Governo, mas eu vou lá. Levarei o PAC para lá. Não tenho preconceito. Não olho o partido do governador nem o estado que ele administra!
Mas a frente o Presidente pede:
- Temos que dar cidadania ao povo brasileiro.
Uma referência a elite branca que só pensa nela.
Ao falar da Transposição:
- Se chegar alguém em minha casa e só tiver dois copos de água eu dou um a essa pessoa.
Não se ouviu um só murmúrio de reprovação ao que ele dissera. Ai está a diferença da fala do Gedel. LULA é a diferença. Fala da forma que o povo saber ouvir e entender.
- A união tem a obrigação de olhar por todos os brasileiros!
Se referindo a uma faixa que pedia solução das dividas dos agricultores.
- Uma coisa é a divida do grande que pode pagar, Outra coisa é a do grande que ta em dificuldades e outra bem diferente é o pequeno que ta lascado.
Aplausos e gritos de LULA abafaram a fala do PRESIDENTE.
- No Brasil, acabou o tempo da malandragem!
Ao se referir ao desenvolvimento do Brasil que passa por todas as regiões o PRESIDENTE DISSE:
- Toda vês que eu quero mudar a forma de arrecadar tributo para beneficiar o POVO, alguém do SUDESTE não quer, vem logo dizendo que “isso vai prejudicar ele”.
Assim foi a passagem so PRESIDENTE LULA por Delmiro Gouveia – Alagoas.

A DIREITA E O LULISMO

Por Fernando de Barros e Silva

Na Folha

SÃO PAULO - A chegada de Lula ao poder seguida da ruína moral do petismo serviu de trampolim para impulsionar uma nova direita no país. É um fenômeno de expressão midiática, mais do que propriamente político. Está disseminado em jornais, sites, blogs, na revista. E deve sua difusão aos falcões do colunismo que se orgulha de parecer assim, estupidamente reacionário.

Mesmo que a autopropaganda seja enganosa e oculte que até ontem o conservador empedernido de hoje comia no prato da esquerda, que é só um "parvenu", um espertalhão adaptado aos tempos -ainda assim, temos aqui uma novidade.

Essa direita emergente já formou patota. Citam uns aos outros, promovem entrevistas entre si, trocam elogios despudorados. Praticam o mais desabrido compadrio, mas proclamam a meritocracia e as virtudes da impessoalidade; são boçais, mas adoram arrotar cultura.

É uma direita ruidosa e cínica, festiva e catastrofista. Serve para entreter e consolar uma elite que se diz "classe média" e vê o país como estorvo à realização de seu infinito potencial. Seus privilégios estão sempre sob ameaça e agora a clientela de Lula veio azedar de vez suas fantasias de exclusivismo social.
Invertemos a fórmula de Umberto Eco: enquanto a direita anuncia o apocalipse, os integrados, sob as asas do lulismo, são testemunhas vivas do fiasco do pensamento de esquerda neste país. Não me lembro de ter visto antes a mídia estampar com tanta clareza os passos da regressão social de que participa.

Do lado oficial, há um ambiente paragetulista de cooptação e intimidação difusas, se não avesso, certamente hostil às liberdades de expressão e de informação.

Na outra ponta, um articulismo de oposição francamente antinordestino e preconceituoso, coalhado de racismo e misoginia, que faz do insulto seu método e tem na truculência verbal sua marca. Deve-se a ele o retorno da cultura da sarjeta e do lixo retórico, vício da imprensa nativa que remonta ao Império, mas que havia caído em desuso.
Noticia antes públicada no Blog do Nassif.

MAIS UMA MENTIRA DA REVISTA VEJA


A revista Veja soltou em sua edição deste final de semana mais uma de suas "criativas" reportagens, que trazem documentos obtidos de fonte não revelada e que a revista diz, sem apresentar uma mísera prova, ter sido o governo quem preparou. Com a "denúncia" a revista tenta alcançar três objetivos: transformar a corrupção do governo FHC em mera chantagem petista; forçar a CPI dos Cartões a entregar para a imprensa os dados sigilosos da Presidência da República e desgastar a imagem da ministra Dilma Roussef, da Casa Civil.
A revista, famosa por inventar reportagens inverídicas e trabalhar com documentos de origem duvidosa, alega que teve acesso a um suposto dossiê que teria sido preparado pelo governo para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. O suposto dossiê traz informações sobre os gastos com suprimento de fundos durante o governo Fernando Henrique. Cita gastos com caviar, champagne, viagens e outras futilidades que são citadas apenas para escamotear o real objetivo da reportagem: acusar o governo Lula de chantagista.
Como costuma fazer quando o assunto é delicado e pode comprometer a revista, já que as "acusações" carecem de qualquer tipo de prova, a Veja deu apenas uma singela chamada no topo da capa para a reportagem. A capa mesmo foi dedicada a outro assunto --o desmatamento da Amazônia-- que a revista menospreza mas resolveu tratar para defender os interesses empresariais que rondam a floresta.
Já sobre o suposto dossiê, a revista diz com todas as letras que o documento ao qual teve acesso foi "construído dentro do Palácio do Planalto, usado pelos assessores do presidente na CPI em tom de ameaça e vazado pelos petistas como estratégia de intimidação". Mas não apresenta nenhuma mísera prova ou indício para sustentar estas afirmações.
A revista também mente ao dizer que foi esta suposta intimidação que permitiu a divisão de cargos na CPI, com o PT ficando com a relatoria e o PSDB com a presidência. Além de não ter lógica ---afinal para que o governo cederia um posto à oposição se tinha informações para atacá-la durante a CPI? --- a hipóstese de Veja também esbarra num elemento que no jornalismo sério é fundamental, mas na Veja faz tempo que não é levado em conta: o fato. E o fato concreto é que a negociação dos postos na CPI dos Cartões foi amplamente discutida no Congresso e só permitiu que o PSDB ocupasse a presidência da comissão graças à atuação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
A maior parte das informações "reveladas" por Veja sobre os gastos da gestão FHC já foram divulgadas em outros veículos de comunicação nas últimas semanas. O suposto dossiê pode, portanto, ter sido uma invenção da própria revista com dados colhidos na imprensa, no Portal da Transparência e até mesmo com funcionários do governo que tiveram acesso a estas informações. A Veja sabe, de experiência própria, que informações podem ser compradas. O dossiê, se é que existe, pode ainda ser obra de pessoas interessadas em desgastar o governo.
Infelizmente, a revista usa a legislação que protege suas fontes para esconder quem "vazou" as tais informações que a Veja alega ser um dossiê preparado pelo governo. Esta informação poderia ajudar o Ministério Público a descobrir se houve realmente intenção de chantagear a oposição.
"Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas." Voltaire

CGU vê erros crassos no noticiário sobre cartões

Quando focalizou o atacado dos R$ 171,5 mil que Matilde Ribeiro pendurara no cartão de crédito, a imprensa mandou ao olho da rua uma ministra que não conseguiu explicar o inexplicável. Quando se deixou seduzir pelo apelo da tapioca de R$ 8,30 do ministro Orlando Silva, o noticiário descambou para um varejão de miudezas que pendurou nas manchetes uma penca de equívocos e injustiças.

O ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) guarda no computador um texto que deixa mal o jornalismo. Relaciona 11 erros crassos que envenenaram o noticiário sobre cartões corporativos. Considerando-se que o Congresso se prepara para instalar uma CPI que vai se ocupar do tema, vale a pena reproduzir o conteúdo do arquivo eletrônico de Hage.

1. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi acusada de ter utilizado o cartão corporativo para adquirir roupa de cama. Despesa regular e necessária, atestaram os técnicos da CGU. Os panos forraram as camas utilizadas por servidores da agência que realizam a fiscalização sanitária no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. São plantonistas, obrigados a pernoitar no batente.

2. A Polícia Federal escalou o noticiário por ter sacado o cartão numa clínica de estética chamada By Kimberly. Eis o detalhe que a reportagem não relatou: a despesa decorre de pagamento de um revólver, devolvido à PF nos termos do Programa Nacional de Desarmamento;

3. Denunciou-se que o cartão do Ministério da Agricultura despejara verbas públicas numa agência de matrimônio. Os técnicos da CGU foram atrás. Descobriram o seguinte: pagou-se, na verdade, a manutenção de veículo do ministério numa oficina mecânica. Por equívoco da Receita Federal, a oficina fora classificada no Cadastro de Pessoas Físicas como intermediária de casamentos. Alertado, o fisco promoveu a correção.

4. Acusou-se o comando da Marinha de sacar o cartão para adquirir um bichinho de pelúcia. Era lorota. Comprou-se, na verdade, um pedaço de veludo. A loja trazia o vocábulo “pelúcia” na logomarca. Mas o pano foi usado para forrar uma bandeja que carrega medalhas em solenidades de condecoração militar.

5. Criticou-se a Marinha por ter manuseado o cartão corporativo numa casa chamada Beleza Cosméticos Ltda.. A compra destinava-se à aquisição de material de consumo para um curso de barbeiro ministrado na Escola de Fuzileiros Navais;

6. Atacou-se a Marinha, de novo, por conta da aquisição de uma caixa de bombons. Os chocolates serviram para retribuir gentilezas à esposa de uma autoridade militar estrangeira que visitou instalações navais do Brasil.

7. Noticiou-se o gasto de uma repartição pública numa loja que trazia o termo “joalheria” enganchado no nome. Compraram-se jóias? Não. Foram adquiridas baterias para um telefone celular.

8. Informou-se que, na Universidade de Uberlândia, até motoboy dispunha de cartão de crédito. Na verdade, tratava-se de um agente administrativo que tem entre suas atribuições a realização de compras emergenciais da reitoria. Por acaso, o servidor vai às compras equilibrando-se numa motocicleta.

9. A própria CGU freqüentou o noticiário por ter mandado roupas para uma lavanderia. Foram à máquina de lavar toalhas de mesa usadas num evento festivo da repartição: o Natal dos funcionários.

10. Um servidor do setor de manutenção do Ministério das Comunicações ganhou notoriedade por ter mandado reparar o forro de uma mesa de sinuca. O móvel encontra-se na garagem do ministério há 16 anos, desde 1992. Traz a plaqueta de “patrimônio da União”. É usado como passatempo dos motoristas, nos horários de folga. Para a CGU, a despesa foi absolutamente legal.

11. Entre as supostas irregularidades praticadas pelo ministro Altemir Gregolin (Pesca) mencionou-se um gasto de R$ 70 feito na choperia Pingüim, em Ribeirão Preto (SP). Varejando as notas da prestação de contas, a CGU verificou que o cartão pagou uma refeição do ministro. Não há no documento menção a bebida alcoólica. Perscrutando a agenda de Gregolin, verificou-se que teve compromisso oficial na cidade no dia em que comeu na choperia mais famosa de Ribeirão.

Nem todas as miudezas escaparam à glosa da CGU. O próprio ministro da Pesca viu-se constrangido a devolver às arcas da Viúva R$ 538 –R$ 512 de um almoço que pagou, sem amparo legal, a uma delegação de autoridades chinesas e R$ 26 de uma outra refeição na qual dividiu a mesa com um acompanhante.

Também o custeio da tapioca do ministro Orlando Silva (Esportes) não pôde ser encaixado na lei. Como as suspeitas estenderam-se dos R$ 8,30 a gastos mais robustos, feitos em restaurantes e hotéis, o ministro optou pos restituir ao Tesouro os R$ 30,8 mil que gastara entre 2006 e 2007. Aguarda a conclusão de auditoria da CGU, para saber se terá direito a algum troco.

Por ora, a CGU concluiu apenas a análise dos gastos de Gregolin. Nos próximos dias, será encerrada a inspeção nos extratos da ex-ministra Matilde. O repórter apurou que ela terá de ressarcir aos cofres públicos uma cifra bem mais expressiva do que os R$ 461 que deixou numa loja de free shop. A auditoria de Orlando Silva será mais demorada.

Seja como for, parece recomendável que a nova CPI concentre-se no atacado dos gastos com cartões -as despesas à Matilde e os dispêndios secretos do Palácio do Planalto, por exemplo. Se deslizarem para a miudeza, os congressistas arriscam-se a ter de fazer uma outra CPI, dessa vez para investigar o teatro das comissões parlamentares de inquérito e a inutilidade de boa parte do noticiário.