Com o retorno das atividades escolares na rede estadual, no
modelo híbrido, os estudantes vão à escola três vezes na semana, e, nos demais
dias, acompanham de casa as atividades programadas. Para isso, o Governo do
Estado garantiu um investimento de mais de R$ 100 milhões em alimentação
escolar e acrescentou mais uma refeição. Para os estudantes do turno matutino,
são servidos um café da manhã na chegada à escola e um almoço antes de ir para
casa. Para o turno vespertino, são servidos o almoço e a ceia antes da saída;
e, no noturno, também é servida uma ceia. As aulas do Ensino Médio foram
retomadas na última segunda-feira (26).
“Fizemos um investimento em mais de R$ 100 milhões, isso
como parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); aumentamos a
per-capita/dia (investimento por aluno), onde tínhamos uma per-capita de 0,36
centavos e a gente avançou para, aproximadamente, R$ 2, para que os estudantes
tivessem duas refeições durante o dia. Isso como uma forma de garantir um
conforto e segurança dos estudantes com alimentação na escola, nesse período
que vai ser tão importante”, afirmou o superintendente de Planejamento
Operacional da Rede Escolar, da Secretaria da Educação do Estado (SEC), Manoel
Calazans.
Neste momento de pandemia, a segurança alimentar dos alunos
e os protocolos de biossegurança, também são uma preocupação da diretora do
Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, Jeana Lemos de Oliveira. “É muito
importante, por que a gente sabe que alguns dos nossos alunos vivem um momento
de insegurança alimentar muito grande e principalmente agora que essa
alimentação está sendo reforçada, a gente crê que está sendo um grande apoio na
vida deles”, afirmou a gestora do colégio situado no bairro do Cabula VI, em
Salvador.
Cada unidade adota uma estratégia para fornecer a refeição.
No Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, a refeição é feita de forma escalonada,
por turma. Os alunos são direcionados em fila para o pátio da cantina, onde
ocorre a distribuição da merenda. Todos os alunos são orientados a utilizar o
álcool em gel, que estão distribuídos nos corredores da unidade. Há sinalização
em todo o espaço escolar mantendo o distanciamento social de um metro e meio,
sendo permitido apenas dois alunos por mesa.
A merendeira Luziane Santos, responsável pela preparação da
refeição na unidade escolar, explicou que o manuseio dos alimentos segue todos
os protocolos de higiene, desde a chegada dos produtos, preparo e distribuição
aos estudantes. “O fornecedor traz os alimentos, guardamos e, antes de usar,
lavamos e higienizamos os alimentos com hipoclorito de sódio”, relatou Luziane,
que garante que o mesmo é feito com os pratos e talheres na unidade escolar.
José Domingos, diretor do Colégio Estadual Governador
Roberto Santos, situado no bairro do Cabula, também na capital, destacou que a
refeição na unidade é distribuída em sala. “Essa distribuição está sendo feita
dentro dos protocolos, onde cada profissional da área de alimentação se dirige
a cada aluno que ali se encontra”.
O cardápio da merenda escolar é elaborado pelas
nutricionistas da Secretaria da Educação do Estado e inclui frutas, verduras e
carnes, seguindo como base a referência do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE), mas levando em consideração características regionais.
Capacitação
Ao longo de 2020 e no primeiro semestre deste ano, a
Secretaria de Educação do Estado promoveu capacitações on-line para as
merendeiras da rede, com foco na manipulação e distribuição da alimentação
escolar, de acordo com os protocolos sanitários.
O superintendente de Planejamento Operacional da Rede
Escolar, Manoel Calazans, destacou que houve uma ampla capacitação das
merendeiras e dos diretores das unidades escolares. “Fizemos todo um conjunto
de capacitação de manual de boas práticas para que se tivesse total segurança,
desde a preparação dos alimentos até a distribuição de forma segura,
higienização dos utensílios para que não houvesse nenhum tipo de contaminação”,
complementou Calazans.
Foto: Elói Corrêa/GOVBA.