O ECAD NÃO ARRECADA, ELE RETIRA.


Música “di grátis” ou música paga. Muito antes de falarmos de downloads na internet ou CD’s piratas, poderíamos discutir o papel do ECAD nessa história toda. Sociedade civil, de natureza privada, instituída por Lei Federal e mantida pela atual Lei de Direitos Autorais brasileira exerce sobre os produtores de eventos uma pressão de polícia. O intuito desta associação que mais parece um bando é o vil metal, chegando inclusive a cobrar de um mesmo estabelecimento uma tributação em dobro, o que é vedado pela receita federal. Mas o ECAD faz isto. Ex: um clube social paga mensalmente o imposto por ser local onde há execução de música, quer seja com banda ou mesmo mecânica. Todos os meses a fatura vem. E este mesmo clube resolve fazer um evento com Caetano. O que o ECAD faz? Manda um de seus “educados” trogloditas cobrarem pelo evento. É certo que o letrista, o músico e o arranjador, ganhem pela criação da obra. Mas deve se buscar uma outra forma que não seja um bando de mercenários em busca de dinheiro. E porque só os compositores que não são conhecidos nacionalmente reclamam da forma de distribuição dos direitos autorais? Porque os “medalhões” quando falam na mídia todos escutam. É o caso de... Quando fala rodos nós queremos saber o que está acontecendo.

E o que acontece quando alguém questiona o ECAD? Foi o caso de Tim Rescala. Eles movem processos para calar a boca do transgressor.

Há de surgir um novo modelo para arrecadação de direitos autorais no país que passe longe do formato atual. Se você compõe uma música e quer que ela seja conhecida, quem deve pagar por isto, primeiro é a gravadora que irá prensar o disco e depois o cantor que a irá interpretar.

O formato civil do ECAD, sem que haja fiscalização pública, sem que esse pessoal dê satisfação alguma do que arrecado da população é errado e deve ser revisto.

E aqui chegamos à encruzilhada da música grátis.

O autor para ver sua obra fazer sucesso depende de um(a) cantor(a) para interpretar o que ele criou. Sem isso a obra não sairá da folha de papel dentro de uma gaveta num canto escuro. O cantor precisa da rádio e da Televisão para se visto e para obter sucesso imediato. A Rádio e a TV precisam de boas músicas, de bons artistas para ter sua programação vista pela população, mas é aqui que mora a encrenca. Só a rádio e a TV entram com dinheiro nessa brincadeira. Na ponta da exploração ficam os produtores de eventos que não tem nada com essa história de compor e são eles quem paga o pato dos problemas criados pelo ECAD para arrecadar dinheiro sem que preste contas de um centavo arrecadado do evento. Quem paga nunca teve o direito de saber a quem foi repassado o dinheiro que lhe custou dias de trabalho para que a festa desse certo. Neste caso o ECAD “justifica” que usa critérios próprios. Não é de mais perguntar, que critérios são estes?

Estamos em época onde baixar música livre é o modelo que se estabelece. Inclusive com a concordância do Ministério da Cultura do Brasil. Basta ver a discussão que está sendo feita por todo o país sobre Direitos Autorais.

O governo está colocando a mão na cumbuca, se conseguir sair ileso, sem arranhões, conseguirá um feito. Desmascarar a caixa-preta existente neste bando que se diz defensor dos autores de músicas no Brasil.]

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