A CRISE TEM PAI E MÃE

Ela é fruto do neoliberalismo defendido pelo DEM e PSDB.
Não é uma específica questão de estratégia eleitoral, um mero discurso. É uma questão de verdade, em decorrência, transformada em estratégia política. Haverá impactos na economia brasileira, originados pela crise financeira global - já estão ocorrendo.

Mas, é bom lembrar que a crise financeira mundial foi provocada pela exacerbação do modelo neoliberal, que promoveu, durante décadas, a desregulamentação bancária. Os governos não deveriam intervir, tudo seria resolvido pelo mercado, diziam eles (lembrem-se da revista Veja, lembrem-se da Folha, do Globo, do Estadão...). Estado mínimo era a tese central.

O PT e partidos de esquerda vão cobrar isso. Emn tempo de eleição, ou não. Com a crise financeira mundial, os neoliberais perderam, na teoria e na prática. A corrente interna do PT “Construindo um Novo Brasil” saiu na frente e promoveu um seminário sobre o assunto.

Neste final-de-semana (07/12) ocorreu em São Roque (SP) o III Encontro da corrente “Construindo um Novo Brasil”, da qual fazem parte Ricardo Berzoini, Luiz Soares Dulci (Secretário-Geral da Presidência da República), Maurício Rands (Líder na Câmara Federal), Ideli Salvatti (Líder do PT no Senado), Gilberto Carvalho (Gabinete da Presidência), Marco Aurélio Garcia (Assessor da Presidencia), Gleber Naime (Secretário de Comunicação do PT).

Na Bahia, vinculados à corrente, destacam-se o deputado federal Zezéu Ribeiro, o ex-deputado Josias Gomes e o ex-presidente do PT estadual, Emiliano José. Em Minas, são filiados à corrente o ministro Patrus Ananias (Bolsa-Família) e o presidente eleito da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda. São alguns exemplos.

Apesar dos exemplos relevantes citados, a mídia e as colunas dos “formadores de opinião” vinculam a corrente “Construindo um Novo Brasil” somente ao nome do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Nada contra. Mas, é muito pouco. Não sei qual a intenção, você sabe?

Do “III Seminário Construindo um Novo Brasil” participaram dirigentes nacionais, parlamentares, militantes, prefeitos, ministros petistas.

MAIS IMPORTANTE É PROJETO POLÍTICO

Claro que o seminário avaliou os dois anos do segundo mandato do presidente Lula, claro que se fez o planejamento para os próximos dois anos, visando a sucessão de 2010. Claro que as eleições municipais foram avaliadas.

Entretanto, houve um consenso: a principal tarefa do PT é a resposta à crise financeira mundial, a defesa da manutenção do crescimento econômico, a criação de empregos, o aumento da renda. A corrente petista majoritária descartou a prioridade da escolha de uma candidatura presidencial e a eleição de uma nova direção nacional.

Faz sentido, porque do projeto político, do combate à crise mundial, dependerá a sucessão em 2010.

O POVO GANHOU, A ELITE PERDEU

Gilberto Carvalho destacou o êxito do governo Lula e as eleições de 2010 como o grande momento de reafirmação desse projeto.

“Praticamos um programa que tem produzido mudanças efetivas na vida dos mais pobres. Sabemos o que o povo ganhou e o que a elite perdeu. Isso nos obriga a uma dedicação ainda maior do que em 2002 e 2006. Temos de avançar e estabelecer correlação de forças ainda maior”, disse.

A partir de agora, será preciso elaborar um novo projeto. “O Brasil amanhece o ano de 2011 muito diferente do que amanheceu em 2003. Há um novo país, qual o projeto que temos para ele? 2009 deve ser de intensa reflexão sobre esse tema. E o método mais rico de elaboração é aquele que parte de nossas experiências. A riqueza que foi o Brasil nos últimos anos é a matéria-prima de dessa reflexão”.

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