Tá na internet: Empenho e Solidariedade

 

Depois de acontecida, sem incidentes, a manifestação das centrais sindicais na Av. Paulista em defesa dos empregos, dos direitos e contra a desindustrialização, as atenções do movimento sindical devem voltar-se à solidariedade com os petroleiros em greve.  
 
Em pelo menos 10 estados, por determinação da FUP e das assembleias sindicais dos trabalhadores, não houve troca de turnos a partir da zero hora do sábado, dia 1º de fevereiro. Agora, segundo informação da FUP, pelo menos oito mil trabalhadores cruzam os braços. 
Na sexta-feira, dirigentes da FUP encarregados da negociação com a Petrobras ocuparam e se mantém até agora em suas dependências administrativas no Rio de Janeiro, derrotando com o apoio da Justiça as artimanhas da empresa.  
 
E na fábrica de fertilizantes de Araucária (Fafen-PR), depois de uma intempestiva ordem de demissão, os trabalhadores (diretos e terceirizados) ocuparam a empresa, denunciaram os riscos de sua operação precária e fazem um acampamento nas imediações da Fafen, tentando impedir o seu fechamento pretendido pela Petrobras. 
 
A greve dos petroleiros da FUP (que deve ser engrossada com a participação dos petroleiros da FNP que estão realizando assembleias em suas bases) tem dois eixos principais de orientação:  

1- Solidariedade aos demitidos e grevistas da Fafen de Araucária, contra seu fechamento;  
 
2- Exigência de que a Petrobras respeite o acordo coletivo de trabalho e negocie com as direções sindicais.  
 
A empresa tem se recusado, com pretextos diversos, a rediscutir a situação da Fafen e se engajar com lealdade nas negociações. Tem conseguido que a grande mídia (com a rara exceção de uma matéria no Valor) faça cair sobre o movimento uma cortina de silêncio que precisa ser levantada.  
 
As direções sindicais e os ativistas devem prestar urgente e empenhada solidariedade aos grevistas e aos trabalhadores da Fafen, organizando uma corrente de donativos para o Paraná e divulgando nas bases o empenho de luta dos petroleiros da FUP e da FNP. 

Por: João Guilherme Vargas Netto .

Tá na internet.

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