Tá na internet: há, no governo, quem ainda seja contra a anistia de 1979


“Os sucessores de linha dura militar, aqueles que eram contra a abertura democrática e a Anistia, assumiram o poder. Os generais de hoje, próximos do presidente da República, representam o último bastião da centro-direita na política brasileira. Mas o risco é grande. Eles estão na linha de tiro.”

Esta denúncia foi feita, hoje, em “O Globo”, pelo jornalista André Gustavo Stumpf, num artigo intitulado “A Iinha de tiro”.

A gravidade da denúncia é simples, porém singela: Stumpf era, até junho deste ano, chefe da comunicação social do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. 


Ao noticiar essa queda, a coluna de “O Estado de S. Paulo” (21.6.19) foi curta e grossa: 

“Em mais uma queda de braço vencida pela ala ideológica, a comunicação de Hamilton Mourão está mudando. A pressão para manter o vice-presidente calado surtiu efeito. André Stumpf, então chefe de sua assessoria, pediu demissão.”

Em seu artigo, o jornalista fulmina o nosso democrático capitão: 

“Ou seja, há quem, até hoje, seja contra a anistia de junho de 1979. Essa posição implica em não admitir a convivência pacífica dos antagônicos no mesmo espaço político. O presidente Bolsonaro é herdeiro desta turma. Ele nunca escondeu a admiração pelo coronel Brilhante Ustra, acusado de ser torturador de presos políticos, nem sua alergia a assuntos ligados ao meio ambiente e à questão de gênero. Está gostando cada vez mais de exercer o poder de comando e dispor da prerrogativa de ter a palavra final. Nomeia com prazer e demite com humilhação, inclusive generais. Nada o detém.”

O  alarma disparou. Só não vai ouvir quem não quiser.

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