Metade da humanidade vive atualmente nas cidades. Em 2030,
serão 60% os que moram nessas regiões e, em 2050, o total deverá chegar a 70%.
No Brasil, a população urbana é de 85%. E, na medida em que as cidades vão
crescendo em tamanho e população, aumenta também a dificuldade de se manter o
equilíbrio espacial, social e ambiental. Para sensibilizar, mobilizar e
oferecer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma
econômica, social e ambientalmente sustentável, o Programa Cidades Sustentáveis
vem estabelecendo parcerias por meio da adesão dos municípios aos compromissos
dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
Nesta segunda-feira (19), a coordenadora de Mobilização do
Programa Cidades Sustentáveis, Zuleica Goulart, apresentou ao secretário do
Meio Ambiente, João Carlos Oliveira, à superintendente de Inovação e
Desenvolvimento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Clarissa
Amaral, e ao assessor técnico da Sema, Pedro Tojo, a proposta da Plataforma do
Conhecimento Cidades Sustentáveis, que será lançada em setembro na Conferência
Internacional Cidades Sustentáveis, na cidade de São Paulo.
“Os desafios para a vida urbana são grandes, e precisamos
estar alinhados, estado e municípios, para uma agenda integrada que visa
práticas sustentáveis. A Bahia é parceira do Programa Cidades Sustentáveis, e estaremos
empenhados para que os municípios baianos assumam esse compromisso com o meio
ambiente”, afirmou o secretário João Carlos, que participará da conferência, em
setembro. Atualmente, 14 capitais e 215 cidades brasileiras aderiram ao
programa.
“O apoio da Secretaria do Meio Ambiente é fundamental para
que tenhamos capilaridade no interior do estado e possamos provocar a adesão e
o compromisso do maior número de prefeituras baianas. A Plataforma do
Conhecimento, que será lançada em setembro, vai oferecer novas ferramentas para
os municípios, como documentos de orientação técnica, programas de capacitação,
banco de boas práticas e módulos de ensino a distância. A proposta é criar uma
metodologia de planejamento urbano integrado que possa ser replicado para
qualquer cidade. E, dessa forma, termos cada vez mais cidades engajadas com a
agenda de desenvolvimento sustentável”, explicou Zuleica.
A Conferência Internacional Cidades Sustentáveis será
realizada em parceria com o Banco Mundial e visa à promoção de práticas urbanas
sustentáveis, a valorização dos gestores públicos, a ampliação da troca de
experiências e a difusão de boas práticas de municípios. Durante o encontro,
será lançada a Plataforma do Conhecimento Cidades Sustentáveis, e entregue o
Prêmio Cidades Sustentáveis. Também serão apresentadas experiências nacionais e
internacionais exitosas divididas em três eixos: Aprofundamento da Democracia,
Redução das Desigualdades e Mudanças Climáticas.
Desenvolvimento urbano sustentável - Ainda nesta segunda-feira,
foi apresentada à equipe da Sema a proposta do ICLEI – Governos Locais pela
Sustentabilidade da América do Sul, rede global de mais de 1.750 governos
locais e regionais comprometida com o desenvolvimento urbano sustentável. O
secretário executivo da instituição, Rodrigo Oliveira Perpétuo explicou o
objetivo da rede na promoção da governança participativa e planejamento do
desenvolvimento sustentável local, destacando a execução de projetos nas
temáticas de Clima e Desenvolvimento de Baixo Carbono, Resiliência, Resíduos
Sólidos, Compras Públicas Sustentáveis e Biodiversidade Urbana.
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