Até agora se passaram 8 meses de gerência do Velho Estado reacionário e os setores democráticos e progressistas da sociedade se desanimam ao verem o estrago que foi feito e que, certamente, será penoso para ser revertido.
Porém, será muito mais penoso se esperarmos a boa vontade das instituições podres desse Estado escravo dos interesses imperialistas. Mais penoso será, se esperarmos ação dos partidos de ‘esquerda’, que não querem atuar fora da lógica eleitoreira, mas que trabalham em conluio com os elementos mais reacionários da política justificando essa ação oportunista em nome de um suposto pragmatismo baseado na confiança das instituições.
O governo que está aí possui algo que se pode tirar de positivo. Ele revela, de modo mais escancarado, a verdadeira face das instituições, mostra que nem o judiciário, nem o legislativo e, muito menos, o executivo, podem atender às aspirações das massas. Se essas instituições são corruptas do começo ao fim, menos ainda deve-se confiar no sistema que as dão algum crédito: as eleições.
“Exerça a democracia, vote!”; “Agora não é hora de protestar, deviam ter pensado nisso quando votou em fulano!”; “A culpa do que está acontecendo é sua porque votou em sicrano!”. Parece estúpido vendo esses jargões desse ângulo, mas é o atraso teórico ou o puro oportunismo, que muitos ditos intelectuais ou políticos supostos ‘defensores do povo’ disseminam por aí. As massas já deram seu recado: o boicote às eleições bate recorde a cada novo processo eleitoral - cabe aos setores avançados dos trabalhadores marcharem ao lado das massas ou ficarem gesticulando atrás destas, como bem disse o Presidente Mao Tsé-Tung.
“Oras, mas se não for isso, o que podemos fazer?” - Exatamente tudo que está a nossa disposição e que for interesse real das massas: atuação nos bairros, nos sindicatos, nas escolas, nas faculdades, nas fábricas e firmas, nas periferias, no campo, nas associações - sempre levando a teoria revolucionária de modo honesto e nunca as nutrindo de qualquer ilusão com os meios eleitoreiros/oportunistas. É preciso saber das reais necessidades do povo e mostrar o caminho que deve ser trilhado para se chegar lá, sem nunca esconder real dificuldade desse processo. No entanto, mais difícil ainda é seguir de joelhos.
Pregar a impossibilidade do evento futuro - a nossa Revolução Democrática - e negar a ação que o faça acontecer, agora no presente, é o modo de operar do oportunismo. Se contentar com as migalhas não é o suficiente para as massas, os trabalhadores são os produtores de tudo que há no mundo, logo, não se contentam, nem devem se contentar com ‘melhorias’ e as concessões que sempre vêm acompanhadas de contrapartidas.
Nunca se deve desanimar, pois o desânimo e o pessimismo são atitudes que favorecem a burguesia e seus lacaios, que favorecem os parasitas. Devemos sim, ter consciência da realidade e de como nos roubam e nos massacram a todo instante nesse estado atual de coisas.
Mas não devemos ter dúvidas se estamos seguindo o caminho correto, caso estivermos apoiados nas lições dos grandes líderes, que seguiram o princípio de ‘servir ao povo de todo coração’ e foram exemplos de disciplina e dedicação à causa revolucionária, como Marx, Engels, Lenin, Stálin, Mao, Presidente Gonzalo e tantos outros camaradas.
Se nos ocorre insegurança, antes de tudo, devemos nos apoiar nas massas. Os setores médios e a pequena burguesia intelectual, por vezes, têm dúvidas e cometem erros a subestimar o papel criador e a força das massas. Devemos lembrar camaradas, que os povos explorados e massacrados do nosso país, como os povos indígenas, os camponeses pobres e os povos urbanos periféricos, já são massacrados desde a proclamação dessa ‘República’, e, ainda sim, seguem resistindo e lutando pela sua sobrevivência. Não se pode em nenhum momento duvidar das forças das massas trabalhadoras.
Como Mao Tsé-Tung já nos ensinou:
“As massas são os verdadeiros heróis, enquanto que frequentes vezes nós somos de uma ingenuidade ridícula. Se não compreendermos isso nos será impossível adquirir até os conhecimentos mais elementares”.
De modo que não devemos dar ouvidos para aqueles que pregam a impossibilidade de organizar de modo consciente toda a revolta JÁ existente das massas exploradas. Dar ouvidos a essas vozes é se atrasar em relação a marcha dos trabalhadores. Ao contrário, seguiremos confiando e levando às massas as lições adquiridas pela prática concreta dos líderes históricos do proletariado. Afinal, Marx disse de modo magistral:
“Os comunistas não dissimulam suas ideias e intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda ordem social existente. Que as classes dominantes tremam ante a ideia de uma revolução comunista! Nela os proletários não têm nada a perder a não ser os seus grilhões. Têm um mundo a ganhar.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário