Essa estratégia tem se revelado eficaz porque o governador
não se limita a responder críticas ou a buscar espaço em veículos de grande
audiência. Ele aposta em comunicação direta, com transmissões ao vivo e
encontros públicos, criando uma narrativa que desafia a lógica da mídia local,
historicamente dominada por grupos empresariais. O resultado é que, mesmo
diante de disputas políticas acirradas, Jerônimo aparece como figura central,
capaz de pautar o debate e manter a confiança de prefeitos e lideranças comunitárias.
Essa postura fortalece sua imagem como gestor que não teme o confronto e que
sabe usar a comunicação como ferramenta de poder.
Ao mesmo tempo, a mídia baiana enfrenta o dilema de
acompanhar a velocidade das agendas do governador. Com visitas a 363 municípios
em três anos de mandato, Jerônimo cria fatos políticos quase diariamente,
obrigando jornais e emissoras a correr atrás de uma pauta que não conseguem
controlar. Essa dinâmica expõe a fragilidade de veículos que antes ditavam o
ritmo da política estadual, mas agora precisam se adaptar a um cenário em que o
governador ocupa o protagonismo e dita os termos da cobertura.
O impacto é claro. Jerônimo Rodrigues conseguiu inverter a
lógica tradicional, transformando a mídia em seguidora de sua agenda e não em
definidora do debate. Essa virada fortalece sua posição para as eleições de
2026 e mostra que, na Bahia, o poder político e a comunicação caminham juntos,
mas com um governador que aprendeu a usar os microfones como armas de
afirmação. A cena é escandalosa e simbólica, enquanto emissoras disputam
manchetes, Jerônimo já fala diretamente ao povo, consolidando sua liderança e
deixando claro que, na guerra pela narrativa, quem dita o tom é o governo.

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