Jerônimo desafia a mídia e vira dono da narrativa na Bahia

Nos últimos dias, a relação entre política e mídia local voltou ao centro do debate na Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues, que já consolidou apoio de 354 prefeitos em sua base, segundo dados da União dos Municípios da Bahia (UPB) divulgados em novembro de 2025, tem mostrado habilidade em transformar a cobertura jornalística em vitrine de suas ações. Enquanto emissoras disputam espaço para pautar a agenda estadual, Jerônimo utiliza a proximidade com lideranças municipais e a presença constante em cidades do interior para garantir que sua voz chegue diretamente à população, sem depender apenas dos filtros da imprensa tradicional.

Essa estratégia tem se revelado eficaz porque o governador não se limita a responder críticas ou a buscar espaço em veículos de grande audiência. Ele aposta em comunicação direta, com transmissões ao vivo e encontros públicos, criando uma narrativa que desafia a lógica da mídia local, historicamente dominada por grupos empresariais. O resultado é que, mesmo diante de disputas políticas acirradas, Jerônimo aparece como figura central, capaz de pautar o debate e manter a confiança de prefeitos e lideranças comunitárias. Essa postura fortalece sua imagem como gestor que não teme o confronto e que sabe usar a comunicação como ferramenta de poder.

Ao mesmo tempo, a mídia baiana enfrenta o dilema de acompanhar a velocidade das agendas do governador. Com visitas a 363 municípios em três anos de mandato, Jerônimo cria fatos políticos quase diariamente, obrigando jornais e emissoras a correr atrás de uma pauta que não conseguem controlar. Essa dinâmica expõe a fragilidade de veículos que antes ditavam o ritmo da política estadual, mas agora precisam se adaptar a um cenário em que o governador ocupa o protagonismo e dita os termos da cobertura.

O impacto é claro. Jerônimo Rodrigues conseguiu inverter a lógica tradicional, transformando a mídia em seguidora de sua agenda e não em definidora do debate. Essa virada fortalece sua posição para as eleições de 2026 e mostra que, na Bahia, o poder político e a comunicação caminham juntos, mas com um governador que aprendeu a usar os microfones como armas de afirmação. A cena é escandalosa e simbólica, enquanto emissoras disputam manchetes, Jerônimo já fala diretamente ao povo, consolidando sua liderança e deixando claro que, na guerra pela narrativa, quem dita o tom é o governo.

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