Mulher do “mito” vira atração no xadrez da Justiça

Michelle Bolsonaro esteve na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na tarde de domingo, 23 de novembro, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A visita, autorizada pela Justiça, ocorreu um dia depois da detenção, motivada pela violação da tornozeleira eletrônica e pelo risco de fuga apontado pela Polícia Federal.

A chegada de Michelle, vestida de preto e sem falar com a imprensa, simbolizou o impacto pessoal da prisão, mas também reforçou a seriedade da decisão judicial. A medida preventiva foi considerada necessária para garantir o cumprimento das regras impostas ao ex-presidente e preservar a ordem pública. O gesto da Justiça, ao permitir a visita, mostra equilíbrio, firmeza na aplicação da lei e respeito às prerrogativas familiares.

Enquanto apoiadores se aglomeravam do lado de fora, a cena dentro da PF revelava um contraste, de um lado, a tentativa de manter viva a narrativa de perseguição; de outro, a confirmação de que instituições funcionam e não se intimidam diante de pressões políticas. A decisão de Moraes, ao manter Bolsonaro sob custódia, foi vista por juristas como um recado claro de que ninguém está acima da lei.

O episódio marca um divisor de águas na política brasileira. A visita de Michelle, carregada de simbolismo, não altera o fato central, de que a Justiça agiu com rigor e legitimidade, reafirmando que o país não tolera afrontas às regras democráticas. A prisão preventiva de Bolsonaro, acompanhada de medidas cautelares e fiscalização intensa, fortalece a confiança nas instituições e sinaliza que o Brasil segue firme na defesa da legalidade.

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