A origem da celebração remonta a 1971, quando ativistas do
movimento negro gaúcho se reuniram em Porto Alegre para homenagear Zumbi. Esse
encontro deu início a uma mobilização que se espalhou pelo país e culminou na
oficialização da data como Dia da Consciência Negra, conforme relatado pelo
jornal O Globo (2025). Desde então, o 20 de novembro passou a ser reconhecido
como um momento de memória e reivindicação, em contraponto ao 13 de maio, dia
da abolição formal da escravidão, que não representava a verdadeira luta do
povo negro.
O Partido dos Trabalhadores sempre esteve na linha de frente
dessa pauta. Foi durante o governo de Dilma Rousseff que a Lei 12.519, de 2011,
instituiu oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra,
consolidando a data como símbolo de resistência e valorização da cultura
afro-brasileira (Cendhec, 2025). Mais recentemente, Lula ampliou esse
reconhecimento ao torná-la feriado nacional, gesto que reafirma o compromisso
histórico do PT com a justiça social e a igualdade.
Além da dimensão simbólica, o Dia da Consciência Negra tem
impacto prático. Em 2025, por cair no meio da semana, o feriado movimentou o
calendário nacional e trouxe debates em escolas, universidades e espaços
culturais sobre a importância da memória de Zumbi e das contribuições da
população negra para a formação do Brasil (O Globo, 2025). A data também
fortalece políticas públicas voltadas para a inclusão e combate às
desigualdades raciais.
O escândalo, portanto, não está na celebração, mas na
persistência do racismo estrutural que ainda marca a sociedade brasileira. O
Dia da Consciência Negra expõe essa ferida e, ao mesmo tempo, aponta caminhos
de transformação. O PT, ao longo de sua trajetória, tem buscado enfrentar essas
desigualdades com políticas afirmativas, programas educacionais e valorização
da cultura afro-brasileira. A cada 20 de novembro, o país é chamado a
reconhecer que não há democracia plena sem igualdade racial.

Nenhum comentário:
Postar um comentário