O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 17 de novembro a Lei nº 15.263/2025, que institui a Política Nacional de Linguagem Simples e proíbe o uso da chamada linguagem neutra em documentos oficiais da administração pública. A medida, publicada no Diário Oficial da União, determina que todos os órgãos federais, estaduais e municipais sigam a norma culta da língua portuguesa, respeitando o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e o Acordo Ortográfico vigente. O objetivo central é garantir que a comunicação oficial seja clara, acessível e compreensível para toda a população, evitando ambiguidades e interpretações equivocadas.
Na prática, a decisão significa que expressões como “todes”,
“amigue” ou “elu” não poderão ser utilizadas em materiais oficiais, sejam eles
dirigidos ao público interno ou externo. O governo argumenta que a
simplificação da linguagem é fundamental para assegurar que cidadãos de
diferentes níveis de escolaridade compreendam as mensagens do Estado. Lula
destacou que a medida não é contra a diversidade, mas sim a favor da inclusão
real, já que a clareza da comunicação é um direito de todos. A lei também prevê
treinamento de servidores para que adotem padrões de escrita mais diretos e
objetivos.
A iniciativa foi recebida com apoio de especialistas em
educação e linguística, que ressaltaram a importância de preservar a unidade da
língua portuguesa em documentos oficiais. Ao mesmo tempo, movimentos sociais
reconheceram que a decisão não impede o uso da linguagem neutra em espaços
culturais ou privados, mas apenas estabelece regras para a comunicação
institucional. Essa distinção reforça a ideia de que o governo busca equilíbrio
entre respeito às identidades e a necessidade de padronização administrativa.
Com a nova lei, Lula e o Partido dos Trabalhadores reafirmam
o compromisso de fortalecer a administração pública e aproximar o Estado da
população. Ao priorizar a clareza e a transparência, o governo sinaliza que a
comunicação oficial deve servir como ponte entre instituições e cidadãos, sem
barreiras linguísticas. A decisão, longe de ser vista como retrocesso, é
apresentada como avanço na democratização da informação, consolidando a imagem
de um governo que trabalha para todos e que valoriza a compreensão plena das
mensagens públicas.

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