Na solenidade, Lula destacou que a cultura não pode ser
tratada como gasto, mas como investimento essencial para o desenvolvimento
socialmente justo. O presidente assinou também o decreto que cria a Comissão
Intergestores Tripartite (CIT), espaço de diálogo entre União, estados e
municípios, responsável por acompanhar a execução das políticas culturais. A
medida foi recebida com entusiasmo por artistas e gestores, que veem na
iniciativa uma oportunidade de consolidar o Sistema Nacional de Cultura e dar estabilidade
às ações públicas, evitando a descontinuidade que marcou períodos anteriores.
O novo PNC prevê metas ambiciosas, como ampliar em 50% o
número de municípios com equipamentos culturais, garantir que todas as escolas
públicas tenham acesso a atividades artísticas e criar mecanismos de
financiamento que envolvam tanto recursos públicos quanto parcerias privadas.
Para Lula, o plano é uma resposta concreta ao desafio de democratizar o acesso
à cultura, valorizando tanto manifestações populares quanto produções
contemporâneas. A proposta também reforça a importância da cultura como ferramenta
de combate ao extremismo e à intolerância, ao estimular o diálogo e a
diversidade.
A iniciativa coloca o Brasil em sintonia com práticas
internacionais, mas com um diferencial: a aposta em políticas de longo prazo
que reconhecem a cultura como elemento central da cidadania. Ao assumir a
cultura como prioridade, Lula reafirma seu compromisso com um país que não
apenas produz riqueza econômica, mas também riqueza simbólica e social. O Plano
Nacional de Cultura, ao projetar dez anos de ações, sinaliza que o governo quer
deixar um legado duradouro, capaz de transformar a vida cotidiana dos brasileiros
e consolidar a arte como força vital da democracia.

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