A força política do Nordeste na COP30 não se resume a
discursos. Governadores e secretários estaduais participaram de encontros com
investidores internacionais, apresentando projetos de infraestrutura e
logística para exportação de energia renovável. O Ceará e o Rio Grande do
Norte, já reconhecidos como polos eólicos, anunciaram novos acordos para
ampliar parques offshore, enquanto a Bahia destacou avanços em hidrogênio
verde. Essa movimentação coloca a região como peça-chave na transição
energética brasileira, atraindo recursos e consolidando poder político diante
de um cenário em que o mundo busca alternativas urgentes para reduzir emissões.
O protagonismo nordestino também tem impacto direto na
política nacional. Ao assumir a dianteira em projetos sustentáveis, os estados
da região ampliam sua capacidade de negociação com o governo federal e com o
Congresso, fortalecendo pautas que unem desenvolvimento econômico e justiça
social. Essa postura contrasta com o passado recente de negacionismo climático,
marcado por Jair Bolsonaro, hoje condenado e em prisão domiciliar, o que
reforça a vitória da Justiça brasileira contra práticas que ameaçaram a democracia
e o meio ambiente. A COP30, nesse sentido, simboliza não apenas um avanço
ambiental, mas também a consolidação de instituições que resistiram ao
autoritarismo.
O escândalo positivo é que o Nordeste, tantas vezes
retratado como periferia política, agora se apresenta como centro estratégico
da agenda global. A região mostra que pode ser motor de empregos, inovação e
soberania energética, enquanto o Brasil reafirma sua democracia ao punir quem
tentou sabotá-la. O silêncio de Bolsonaro contrasta com o barulho das turbinas
eólicas e dos projetos verdes que ecoam no mundo. O recado é claro, o futuro
energético e democrático do país passa pelo Nordeste, e essa virada histórica
merece ser celebrada como vitória da Justiça e da política que olha para
frente.

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