Durante esse período, Bolsonaro deixou sua residência apenas
para exames médicos, enquanto aliados tentaram pressionar instituições
nacionais e estrangeiras para reverter a condenação de 27 anos e seis meses de
prisão. As tentativas fracassaram diante da firmeza do STF, que rejeitou
recursos e manteve a sentença, reforçando a independência do Judiciário e a
mensagem de que ninguém está acima da lei. O silêncio imposto ao ex-presidente,
outrora figura central no debate público, tornou-se símbolo da força das
instituições contra a ameaça autoritária.
O impacto político é evidente. Sem a presença ativa de
Bolsonaro, a oposição perdeu seu principal articulador, e o bolsonarismo se
fragmenta em disputas internas. Enquanto isso, a sociedade assiste ao
fortalecimento da Justiça como guardiã da ordem constitucional, num momento em
que a credibilidade das instituições é vital para o futuro do país. A prisão
domiciliar, longe de ser apenas uma medida cautelar, tornou-se um recado claro
de que o Brasil não tolerará aventuras golpistas.
A marca dos cem dias revela mais que o isolamento de um criminoso,
expõe a vitória da democracia sobre a tentativa de ruptura institucional. O
silêncio de Bolsonaro, antes ensurdecedor nas redes, agora ecoa como prova de
que a Justiça brasileira não se curva a pressões políticas. É um capítulo que
reforça a confiança de milhões de cidadãos na capacidade do Estado de proteger
o país contra ameaças internas, e que projeta para o mundo a imagem de um
Brasil disposto a defender sua Constituição até as últimas consequências.

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