PL baiano em frangalhos após a prisão de Bolsonaro

A prisão de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, provocou um terremoto político dentro do Partido Liberal na Bahia. O presidente estadual da sigla, João Roma, classificou a decisão como “perseguição” e “tortura”, mas sua reação expôs a fragilidade da legenda, que já vinha enfrentando divisões internas e dificuldades para se manter coesa após derrotas eleitorais recentes.

Enquanto o PL se vê obrigado a gastar energia defendendo o ex-presidente, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) aproveita o momento para reforçar sua imagem de líder comprometido com a democracia. Em pronunciamento, Jerônimo destacou que a prisão não deve ser motivo de comemoração, mas sim de afirmação da legalidade e da defesa das instituições, posicionando-se como estadista em meio ao caos político.

A crise no PL baiano abre espaço para o fortalecimento do PT e seus aliados, que ampliam a narrativa de estabilidade e responsabilidade diante da turbulência nacional. A tentativa de Roma de transformar a prisão em bandeira de mobilização encontra resistência até mesmo entre lideranças locais, que temem desgaste eleitoral e perda de credibilidade.

No tabuleiro político da Bahia, o contraste é evidente, de um lado, um partido mergulhado em disputas internas e dependente da figura de Bolsonaro; do outro, um governador que se apresenta como defensor da democracia e da ordem institucional. A prisão do ex-presidente, longe de enfraquecer o PT, consolida ainda mais a posição de Jerônimo Rodrigues como referência de estabilidade e confiança para os baianos.

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