A reação de Alcolumbre à escolha presidencial ultrapassou os
limites do debate democrático. Segundo fontes do Congresso, o senador passou a
ameaçar o governo com a votação de “pautas bombas”, projetos que podem
desestabilizar a administração pública e comprometer o equilíbrio fiscal, como
forma de retaliação à indicação de Messias. A estratégia, que beira a chantagem
institucional, revela um uso indevido da presidência do Senado para fins
pessoais e políticos, colocando em risco o funcionamento harmônico entre os
poderes.
A Constituição Federal é clara, o artigo 101 estabelece que
cabe exclusivamente ao Presidente da República indicar os ministros do STF,
sendo o Senado responsável apenas pela sabatina e aprovação. Lula, ao manter
sua escolha, não apenas respeita esse rito, mas também protege a independência
do Executivo diante de pressões indevidas. A tentativa de Alcolumbre de
transformar a sabatina em moeda de troca política fere o espírito republicano e
ameaça a legitimidade do processo constitucional.
Jorge Messias, por sua vez, tem adotado uma postura
institucional exemplar. Em carta pública, dirigiu-se a Alcolumbre com respeito
e disposição para o diálogo, reforçando seu compromisso com o escrutínio
democrático e a transparência. Enquanto o presidente do Senado insiste em
manobras de bastidor, Lula reafirma que a escolha para o STF deve ser pautada
por mérito, reputação ilibada e compromisso com a justiça, não por interesses
de gabinete. A democracia agradece.

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