Confira lista com os principais momentos de ruptura a
condutas anteriores do Brasil em sua política externa
A política externa brasileira em 2019 assustou o mundo com
seu acervo de rupturas com a nossa tradição diplomática. A postura colérica do
governo do presidente Jair Bolsonaro foi o principal contribuinte para que o
país fosse relegado a uma posição de desprestígio no cenário internacional.
1. Bolsonaro decepciona no Fórum de Davos, na Suíça
O presidente estreou na política internacional gerando
frustração. Ele foi autor de um dos discursos mais curtos já vistos em uma
sessão inaugural no fórum de Davos, na Suíça, com duração de aproximadamente
oito minutos. Ele poderia falar até 45 minutos.
Na ocasião, repetiu seus slogans eleitorais, “Deus acima de
tudo” e “Não queremos uma América bolivariana”. Defendeu privatizações e pediu
que turistas estrangeiros visitassem o Brasil.
2. Bolsonaro reza no Muro das Lamentações
Em 24 de abril, o presidente fez um gesto inédito para um
chefe de Estado no mundo: visitou a basílica do Santo Sepulcro e, com o
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi ao Muro das Lamentações,
em Jerusalém.
As duas visitas quebraram a tradição da diplomacia
brasileira, chocaram-se com a posição da Organização das Nações Unidas (ONU) e
geraram críticas das autoridades da Palestina.
Jerusalém Oriental, onde fica o Muro, é um território
considerado sob disputa pela comunidade internacional. O ato foi visto como
reconhecimento de que as áreas ocupadas por Israel, após 1967, pertencem de
fato ao país.
Antes de Bolsonaro, o secretário de Estado americano, Mike
Pompeo, foi a primeira autoridade dos Estados Unidos a fazer a mesma visita,
junto a um primeiro-ministro de Israel.
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