Ramagem e Eduardo Bolsonaro chutados do Congresso após trama golpista

A Câmara dos Deputados oficializou nesta quinta-feira, 18 de dezembro, a cassação dos mandatos de Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), decisão publicada no Diário Oficial da Casa e assinada pelo presidente Hugo Motta e outros membros da Mesa Diretora. O ato encerra a trajetória parlamentar de dois nomes diretamente ligados à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, episódio que manchou a democracia brasileira e expôs a articulação de setores extremistas contra o resultado das urnas.

Ramagem, ex-diretor da Abin, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 16 anos de prisão em regime fechado por participação ativa na conspiração golpista. Sua cassação é consequência direta da sentença que já transitou em julgado, tornando-o inelegível e retirando qualquer possibilidade de retorno imediato à vida política. A queda de Ramagem simboliza o desmonte de uma engrenagem que operava nos bastidores para corroer instituições e fragilizar o Estado de Direito.

Eduardo Bolsonaro perdeu o mandato por excesso de faltas às sessões da Câmara, acumulando 59 ausências sem justificativa. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro passou meses nos Estados Unidos, ignorando suas obrigações parlamentares e tratando o cargo como extensão de sua militância radical. A cassação, embora não o torne inelegível, expõe o desprezo do deputado pelas responsabilidades públicas e reforça a necessidade de punição para quem abandona o mandato em favor de agendas pessoais.

A decisão da Mesa Diretora foi recebida como vitória da democracia e resposta firme às tentativas de subversão institucional. Ao retirar de cena dois protagonistas da aventura golpista, o Congresso sinaliza que não há espaço para quem desrespeita a Constituição e tenta sabotar o processo eleitoral. A cassação fortalece a confiança nas instituições e mostra que a impunidade não será tolerada.

O episódio marca um divisor de águas, Ramagem e Eduardo Bolsonaro entram para a história não como líderes, mas como símbolos da irresponsabilidade e da deslealdade ao país. A expulsão de ambos do Parlamento é mais do que uma punição individual; é um recado claro de que o Brasil não aceitará retrocessos democráticos.

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