São Paulo no breu e Tarcísio apagado junto com a luz

O maior apagão recente em São Paulo deixou mais de dois milhões de imóveis sem energia elétrica após ventos de quase 100 km/h atingirem a região metropolitana. A concessionária Enel, responsável pelo fornecimento, não conseguiu dar previsão para o restabelecimento total, e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a empresa exigindo explicações em até cinco dias. Enquanto a população enfrentava semáforos apagados, parques fechados e caos no trânsito, o governo estadual parecia ausente, sem oferecer respostas rápidas ou medidas concretas para minimizar os impactos.

A fragilidade da gestão ficou evidente quando imagens mostraram dezenas de veículos da Enel parados em pátios, enquanto mais de um milhão de pessoas seguiam sem luz. O governador Tarcísio de Freitas, que prometia eficiência e modernização, foi criticado por não assumir protagonismo na crise, deixando a responsabilidade apenas nas mãos da concessionária. A falta de coordenação entre governo estadual e prefeitura agravou a sensação de abandono, transformando o episódio em símbolo da incapacidade política de enfrentar emergências.

O episódio expôs não apenas a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica, mas também a fragilidade política de Tarcísio, que se mostrou incapaz de liderar em um momento de calamidade. A população, já cansada de sucessivos apagões e falhas da Enel, agora questiona se o governador tem condições de garantir segurança e estabilidade em serviços básicos. O breu que tomou São Paulo iluminou, paradoxalmente, a escuridão da gestão estadual.

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