ACM Neto voa nas asas da fraude e despenca apara 2026

O episódio envolvendo ACM Neto e o uso de um helicóptero emprestado por Augusto Lima, ex-CEO do Banco Master preso pela Polícia Federal na Operação Compliance Zero, expôs uma fragilidade política que o vice-presidente do União Brasil tenta esconder. A aeronave foi utilizada em agenda oficial na Bahia, apenas dois dias antes da prisão do executivo acusado de fraude bancária, e deixou claro que Neto não soube avaliar os riscos de se associar a figuras que já estavam sob investigação. O caso ganhou repercussão nacional e colocou em xeque a credibilidade de quem ainda sonha com o Palácio de Ondina em 2026.

A proximidade com Lima, revelada pelo simples gesto de aceitar o transporte, não pode ser tratada como detalhe irrelevante. Em política, símbolos importam, e o voo até Conceição do Coité para participar do evento Natal Luz transformou-se em um retrato de descuido e imprudência. Neto e Bruno Reis, prefeito de Salvador, apareceram sorridentes em fotos divulgadas nas redes sociais, sem imaginar que a aeronave seria manchete dias depois como peça-chave de um escândalo financeiro. O silêncio de Neto após a prisão dos executivos reforçou a percepção de que prefere se esconder em vez de enfrentar as consequências de suas escolhas.

O erro estratégico é evidente, ao se deixar fotografar em um helicóptero ligado a um banqueiro investigado, ACM Neto ofereceu munição para adversários e críticos. A narrativa de proximidade com empresários suspeitos de fraude mina qualquer discurso de renovação ou ética que o União Brasil tente sustentar. Em tempos de desconfiança generalizada, a imagem de um político que se beneficia de favores de investigados é devastadora. O episódio não apenas desgasta sua reputação, mas também abre espaço para que rivais explorem a contradição entre discurso público e prática privada.

Se em 2026 ACM Neto pretende disputar novamente o governo da Bahia, terá que carregar o peso desse voo maldito. O helicóptero que o levou a um evento festivo pode se transformar em símbolo de irresponsabilidade política, lembrando aos eleitores que alianças perigosas custam caro. A cada nova revelação sobre o caso Master, cresce a percepção de que Neto errou ao se aproximar de quem estava prestes a ser algemado. E na política, erros assim não desaparecem, eles se acumulam e voltam com força na hora da urna.

 

Nenhum comentário: