Deputados baianos divididos e Motta na lama leva a Câmara a abrigo de golpistas

A sessão da Câmara dos Deputados que aprovou o projeto da dosimetria expôs de forma brutal a divisão da bancada baiana. Dos 39 parlamentares do estado, parte votou a favor da medida que reduz penas de envolvidos no ataque golpista de 8 de janeiro, enquanto outros se posicionaram contra, e um grupo significativo sequer apareceu para votar. A proposta, que altera o cálculo das condenações e abre brechas para beneficiar Jair Bolsonaro e militares envolvidos na tentativa de golpe, foi aprovada por 291 votos a favor e 148 contrários.

Entre os baianos, nomes como Capitão Alden (PL) e Pastor Sargento Isidório (Avante) se alinharam ao projeto, reforçando o discurso de proteção aos golpistas. Já parlamentares como Lídice da Mata (PSB).  Jorge Solla (PT) e Mário Júnior (PP) se colocaram firmemente contra, denunciando a manobra como um ataque direto à democracia. Treze deputados da Bahia não participaram da votação, revelando uma ausência que, na prática, favorece a aprovação de uma medida que escandaliza o país.

O papel de Hugo Motta, presidente da Câmara, foi decisivo para que essa vergonha nacional chegasse ao plenário. Ao pautar e conduzir a votação, Motta mostrou-se cúmplice dos interesses bolsonaristas e do Centrão, ignorando o clamor social por punição exemplar aos golpistas. Sua atuação reforça a imagem de um Congresso disposto a negociar a democracia em troca de acordos políticos, manchando ainda mais a credibilidade da instituição.

A Bahia, que historicamente se destaca na defesa da democracia, agora vê parte de seus representantes alinhados a um projeto que favorece criminosos. A condução de Motta, marcada por oportunismo e desprezo institucional, transforma a Câmara em palco de escárnio e humilhação nacional. O resultado é um retrato cruel, parlamentares baianos divididos, sociedade indignada e um presidente da Casa que ficará lembrado como cúmplice da tentativa de golpe.

Veja como cada deputado baiano votou:



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