PF abre o armário da moralidade onde deputado Sóstenes escondia R$ 430 mil em sacola preta

A Polícia Federal encontrou nesta sexta-feira, 19 de dezembro, nada menos que R$ 430 mil em espécie na residência do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara. O dinheiro estava guardado em uma sacola preta dentro de um armário no flat do parlamentar em Brasília, durante a Operação Galho Fraco, que apura desvios de recursos da cota parlamentar para empresas de fachada, incluindo locadoras de veículos.

O episódio escancara a contradição de um político que se apresenta como defensor da moralidade e dos bons costumes, mas que agora precisa explicar à Justiça e à sociedade a origem de uma quantia tão volumosa em dinheiro vivo. A apreensão desmonta o discurso de honestidade que Sóstenes repete em plenário e nas redes sociais, revelando que a prática não acompanha a retórica.

A investigação da PF aponta que o deputado teria feito repasses suspeitos para uma locadora de veículos, levantando indícios de desvio de verbas públicas. O caso não apenas expõe a fragilidade ética de quem se coloca como guardião da fé e da família, mas também reforça a necessidade de responsabilização política. A cassação do mandato surge como medida legítima diante da gravidade dos fatos, já que o dinheiro encontrado não se encaixa em qualquer justificativa plausível de atividade parlamentar.

A sociedade brasileira, cansada de discursos moralistas vazios, vê neste episódio uma oportunidade de depurar o Congresso. A cassação de Sóstenes representaria não apenas a punição de um indivíduo, mas um recado claro de que a Câmara não pode ser refúgio para quem usa o mandato como escudo contra investigações. O contraste entre a imagem pública do deputado e a realidade encontrada pela PF é tão gritante que não deixa espaço para dúvidas, a coerência desapareceu junto com a credibilidade.

O caso de Sóstenes Cavalcante ficará marcado como símbolo da hipocrisia política. O homem que se vendia como paladino da honestidade foi desmascarado pelo flagrante de dinheiro escondido em sacola, prática que remete aos piores escândalos da história recente. A cassação, neste contexto, não é apenas desejável, mas necessária para restaurar a confiança da população nas instituições e mostrar que a democracia não tolera farsantes travestidos de moralistas.

Nenhum comentário: