Glauber ficou e os derrotados foram Arthur Lira e Hugo Motta

O plenário da Câmara viveu uma noite de tensão e espetáculo político, mas o resultado foi claro, Glauber Braga não perdeu o mandato. Com 318 votos favoráveis à suspensão e 141 contrários, a tentativa de cassação foi derrotada, garantindo que o deputado do PSOL-RJ mantenha seus direitos políticos e continue na cena parlamentar, ainda que afastado por seis meses. A decisão foi celebrada por aliados como uma vitória contra o que chamaram de “perseguição política travestida de ética”.

A manobra do deputado Hugo Motta, que articulou para que o processo fosse levado ao plenário, foi vista como um golpe baixo. Motta tentou empurrar a cassação como se fosse inevitável, mas acabou exposto diante da articulação de partidos de centro e da esquerda, que conseguiram reverter o quadro. A insistência em cassar Glauber foi criticada como um ato de oportunismo político, mais voltado a enfraquecer vozes críticas do que a preservar o decoro parlamentar.

No calor da sessão, o deputado carioca Reimont fez um discurso que ecoou pelo plenário. Ele defendeu Glauber com firmeza, denunciando a tentativa de silenciar um parlamentar combativo e lembrando que divergências políticas não podem ser transformadas em punições desproporcionais. Sua fala foi recebida com aplausos e se tornou um dos momentos mais marcantes da noite, reforçando a ideia de que a democracia se fortalece quando resiste a manobras autoritárias.

Assim, o episódio terminou com um recado forte e Glauber ficou. A suspensão é dura, mas não apaga a vitória contra a cassação. O resultado expôs a fragilidade das articulações de bastidores e mostrou que, mesmo em meio a pressões e manobras, o plenário pode optar por preservar o mandato de quem representa setores da sociedade que não se calam diante de injustiças.

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