A manobra do deputado Hugo Motta, que articulou para que o
processo fosse levado ao plenário, foi vista como um golpe baixo. Motta tentou
empurrar a cassação como se fosse inevitável, mas acabou exposto diante da
articulação de partidos de centro e da esquerda, que conseguiram reverter o
quadro. A insistência em cassar Glauber foi criticada como um ato de
oportunismo político, mais voltado a enfraquecer vozes críticas do que a
preservar o decoro parlamentar.
No calor da sessão, o deputado carioca Reimont fez um
discurso que ecoou pelo plenário. Ele defendeu Glauber com firmeza, denunciando
a tentativa de silenciar um parlamentar combativo e lembrando que divergências
políticas não podem ser transformadas em punições desproporcionais. Sua fala
foi recebida com aplausos e se tornou um dos momentos mais marcantes da noite,
reforçando a ideia de que a democracia se fortalece quando resiste a manobras
autoritárias.
Assim, o episódio terminou com um recado forte e Glauber
ficou. A suspensão é dura, mas não apaga a vitória contra a cassação. O
resultado expôs a fragilidade das articulações de bastidores e mostrou que,
mesmo em meio a pressões e manobras, o plenário pode optar por preservar o
mandato de quem representa setores da sociedade que não se calam diante de
injustiças.

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