Não faltam nomes que atravessaram gerações e se tornaram
eternos, vejam Garrincha, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Didi, Nilton
Santos, Bellini, Neymar, Leônidas, Rivaldo, Cafu, Vavá e tantos outros que
poderiam preencher páginas e páginas de história. Craques que simbolizavam o
orgulho nacional e davam ao povo a sensação de pertencimento.
Hoje, porém, os nomes que dominam as manchetes não são de
jogadores, mas de ministros do Supremo. Alexandre de Moraes, apelidado de
“Xandão”, Gilmar Mendes, sempre opinando sobre política, André Mendonça, o
“terrivelmente evangélico”, Nunes Marques, o bolsonarista, Luiz Fux, Dias
Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. São eles que ocupam o
espaço antes reservado aos ídolos do futebol. Essa inversão revela um país em
que a justiça virou espetáculo e a política se mistura ao noticiário como se
fosse campeonato.
Há algo de errado quando a instituição que deveria ser
discreta e firme no combate ao crime aparece mais que os craques da seleção.
Escândalos envolvendo juízes, promotores e procuradores se multiplicam, sempre
protegidos por brechas legais. Enquanto isso, o Brasil se aproxima da Copa de
2026 sem que a população saiba quem defenderá nossas cores em campo, mas com
plena certeza de quem ocupa cada cadeira do Supremo Tribunal Federal. É um
retrato de uma sociedade que perdeu o rumo.

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