O presidente destacou que deseja um país “menos
algoritmizado”, onde o diálogo humano prevaleça sobre a lógica fria das
máquinas. Ao sancionar o decreto que reconhece a cultura gospel como patrimônio
cultural, Lula aproveitou para reforçar que o Brasil precisa de pontes de
respeito e convivência, não de muros erguidos por plataformas que estimulam o
ódio. A mensagem foi clara, não se trata de censura, mas de resgatar o espírito
democrático que se perde quando a informação vira arma.
A crítica de Lula expõe um problema que já não pode ser
ignorado. As redes sociais, ao priorizar conteúdos que geram engajamento,
acabam amplificando discursos violentos e ataques pessoais. Essa manipulação
algorítmica cria bolhas de radicalização e transforma cidadãos em reféns de
narrativas fabricadas. O presidente denunciou esse mecanismo como um veneno que
corrói a política e ameaça a própria liberdade que deveria proteger.
Ao defender a responsabilização das plataformas, Lula se
coloca como voz firme contra a banalização do ódio digital. Ele insiste que
liberdade de expressão não é sinônimo de impunidade para crimes de incitação à
violência. O recado é direto, o Brasil precisa de regulação que garanta
transparência e impeça que algoritmos decidam o destino da democracia.
A fala presidencial, marcada por tom humano e combativo,
abre espaço para um debate urgente. O país não pode aceitar que a opinião
pública seja moldada por interesses ocultos de empresas que lucram com o caos.
Lula, ao denunciar o “ódio algoritmizado”, convoca a sociedade a escolher entre
a convivência democrática e a manipulação digital. O escândalo não está nas
palavras, mas na realidade que ele expõe que é de que a democracia brasileira
está sendo atacada por códigos invisíveis.

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