Ponto biométrico ou Ponto Digital é a ferramenta que alguns
órgãos de governos estão adotando para tentar impedir qualquer fraude no
sistema. Mas parece que não é tão fácil assim. Atualmente, os relógios de ponto
são uma tecnologia necessária para registrar o movimento de entrada e saída de
funcionários de uma empresa. Para além disso, o registro de horários visa
manter a organização de pessoal e servir como respaldo em situações de
processos trabalhistas. Mas e quando algumas pessoas buscam subterfúgios para
fraudar as horas trabalhadas, o que fazer?
A fraude no ponto, quando feita por funcionários de
prefeitura é feita para que ele possa receber, ou gozar dias de folga sem
trabalhar.
A prefeitura de Paulo Afonso na Bahia vem adotando em várias
de suas repartições o expediente do ponto eletrônico. Uma iniciativa louvável por
parte do prefeito Luiz de Deus que, assim, busca corrigir eventuais sumiços de
funcionários em pleno horário de trabalho.
Quais os tipos de fraudes podem vir a acontecer ou podem
estar acontecendo: quando o funcionário, efetivo, em cargo comissionado ou
temporário não marca o ponto ao sair para resolver um problema pessoal, quando
percebe que não vai chegar a tempo para registrar o seu ponto no horário certo
ou até mesmo quando fica nas redes sociais enquanto deveria estar trabalhando e
ainda há aquele em que ele trabalha em dois horários, manhã e tarde, e na
saída, às 11h, bate o ponto, para três, quatro minutos após bater a entrada. E
ao retorna às 13 horas passa direto e só vindo a fazer novamente a operação às
17h.
O Blog entrou em contato com o Assessoria do Município de
Paulo Afonso para saber se já teria sido identificado um desses casos:
De: Dimas Roque.
Para: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paulo
Afonso/BA.
Assunto: funcionários estariam burlando o ponto eletrônico.
Recebemos uma denúncia de que funcionários do município
estaria “burlando o ponto eletrônico” para acumular horas de serviço e com isto
ter “folgas”.
A denúncia:
Funcionários que trabalham nos dois horários, conhecidos
como “04 por 04”, ao chegar ao termino do primeiro expediente, às 11h da manhã,
bateria o ponto e dois, três minutos depois registram as suas entradas. Ao
retornar às 13h eles não precisariam dar a “entrada” e esperariam para às 17h.
Ainda segundo a denúncia, estes funcionários acumulariam
“horas de trabalho” e receberiam dias de folga, dando prejuízo ao município.
Nós gostaríamos de saber se:
O município já identificou este tipo de procedimento por
parte de algum funcionário?
Se sim. Quais as providências que já foram ou vão ser
tomadas?
O setor de TI - Tecnologia da Informação, que todos os meses
recolhe os registros dos pontos eletrônicos identificou a fraude e se ela
existe mesmo, e o que foi feito para coibir?
O setor de pessoal da prefeitura, identificou a fraude e se
ela existe mesmo, e o que foi feito para coibir tal procedimento?
O prefeito Luiz de Deus já foi informado em algum momento
pelos responsáveis dos setores de TI e Pessoal da existência dessa fraude, se
ela existe?
Ficamos no aguardo das informações para que possamos levar
aos nossos leitores a melhor informação e com a qualidade na verdade factual.
Atenciosamente,
Dimas Roque
Em resposta ao pedido de informações, recebemos hoje, o seguinte
texto da assessoria de comunicação da Prefeitura, “checamos a sua informação, e
não procede, ok, estamos a disposição”.
As fraudes são muito comuns e já foram motivos de diversas
matérias em várias cidades do Brasil. Não se pode culpar o gestor Luiz de Deus
se elas existem no município atualmente. Ele não teria as condições de estar em
todos os locais onde existem os relógios de ponto. Mas é preciso que o
município estabeleça e deixe bem claro que, se estiver acontecendo, isso é
inaceitável.
Ao negar a existência, mesmo que de investigação em
andamento, o prefeito assume que não há a prática em Postos de Saúde,
secretárias e em qualquer prédio da administração.
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