A ação, proposta pela Mesa Diretora do Senado em reação às
operações da Polícia Federal em gabinetes há quase uma década, retoma o embate
sobre o foro por prerrogativa de função e a autonomia do mandato parlamentar.
Relator do caso, Cristiano Zanin sustentou que a presença de investigadores em
espaços onde se elabora lei pode ferir diretamente a independência do
parlamento e, por consequência, do próprio processo legislativo.
No Planalto, a notícia foi recebida como reforço à
estabilidade institucional. Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência
destacou que “o governo Lula sustenta o pacto republicano entre os Poderes e
valoriza a separação necessária para o desenvolvimento do Brasil” e se colocou
à disposição para colaborar com eventuais ajustes legislativos que aprimorem
garantias constitucionais.
Para o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores, a
decisão do STF é mais do que uma vitória jurídica, é chance de retomar a agenda
de reformas sem riscos de escombros judiciais inesperados no Congresso. Se o
rito transcorrer sem embaraços, o governo ganha fôlego para tocar temas
cruciais de seu programa, enquanto a Corte reforça seu papel de guardiã do equilíbrio
entre o Palácio do Planalto e o Parlamento.
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