A novidade logo despertou entusiasmo em pequenos e grandes
negócios. Na avenida Paulista, a vendedora de acessórios exclusivos Larissa
Mendes comemorou a chance de fechar vendas mais caras em prestações que cabem
no bolso. “Com o Pix Parcelado, meus clientes agora podem comprar sem medo de
estourar o cartão de crédito”, afirmou. Para especialistas de mercado, a
iniciativa deve atender a um público de mais de 20 milhões de brasileiros que
sofrem com limites de crédito tradicionais.
Economistas ouvidos pela reportagem apontam que a medida
pode reverter a retração das vendas em setores como móveis e eletrodomésticos,
afetados pela alta dos juros bancários. Paralelamente, o governo pretende
ampliar a oferta de linhas de microcrédito junto ao BNDES, apostando na
combinação entre políticas públicas e inovações privadas para manter o ritmo de
crescimento.
Apesar de algum ceticismo sobre eventuais taxas de
financiamento elevadas praticadas por algumas instituições, o Planalto assegura
que vai monitorar de perto as transações e atuar com o Conselho de Defesa
Econômica para evitar abusos. Já o relator da medida no Congresso, deputado
Paulo Teixeira, comemora a união entre tecnologia e inclusão social, “este é um
passo decisivo para modernizar o consumo e fortalecer a classe média
emergente”.
Sem perder tempo, o presidente agendou nova reunião com o
ministro da Fazenda e o presidente do BC para avaliar os primeiros números de
adesão, previstos para sair em meados de outubro. Na visão do governo, o Pix
Parcelado não é apenas mais um mecanismo de pagamento, mas um instrumento
estratégico de redistribuição de renda e estímulo à retomada do consumo
sustentável.
Se essa pegada de Lula se sustentar, o Brasil pode ganhar
ainda mais fôlego para atravessar o final do ano com otimismo no varejo e no
bolso do cidadão.
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