Lista dos deputados baianos que apertaram o “SIM” na PEC da Bandidagem

A noite de 16 de setembro de 2025 entrou para a história política da Bahia como o momento em que 22 deputados federais da bancada baiana decidiram, diante de todo o país, votar a favor da chamada PEC da Blindagem e apelidada nas ruas de PEC da Bandidagem. A proposta, que dificulta a atuação do Supremo Tribunal Federal contra parlamentares, foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados e já provoca reações inflamadas em todo o estado.

Enquanto o governador Jerônimo Rodrigues (PT) reforçava, em agendas no interior, seu compromisso com a transparência e a ética na política, parte da representação baiana em Brasília seguiu na contramão, alinhando-se ao Centrão e à oposição para aprovar um texto que, segundo críticos, é um salvo-conduto para a impunidade.

Eis a lista nominal dos que disseram “SIM” à blindagem:

Adolfo Viana (PSDB-BA)

Arthur O. Maia (União-BA)

Bacelar (PV-BA)

Capitão Alden (PL-BA)

Claudio Cajado (PP-BA)

Dal Barreto (União-BA)

Diego Coronel (PSD-BA)

Elmar Nascimento (União-BA)

Félix Mendonça Jr (PDT-BA)

Gabriel Nunes (PSD-BA)

José Rocha (União-BA)

Leo Prates (PDT-BA)

Leur Lomanto Jr. (União-BA)

Márcio Marinho (Republicanos-BA)

Mário Negromonte Jr (PP-BA)

Neto Carletto (Avante-BA)

Paulo Azi (União-BA)

Paulo Magalhães (PSD-BA)

Raimundo Costa (Podemos-BA)

Ricardo Maia (MDB-BA)

Roberta Roma (PL-BA)

Rogéria Santos (Republicanos-BA)

A lista já circula nas redes, acompanhada de críticas, memes e promessas de “não reeleger nenhum” em 2026. Entre os nomes, figuram parlamentares de partidos como PL, União Brasil, PP, Republicanos e PSD.

Do outro lado, deputados alinhados ao PT e à base de Jerônimo Rodrigues votaram contra, defendendo que a Bahia não pode compactuar com medidas que enfraquecem o combate à corrupção e blindam políticos de investigações legítimas. “O povo baiano sabe quem está do lado certo da história”, disse um parlamentar petista após a sessão.

A repercussão foi imediata e movimentos sociais, sindicatos e coletivos estudantis já convocam atos para “nomear e envergonhar” os que apoiaram a PEC. A estratégia é simples, colar o rosto e o voto de cada deputado em cartazes, faixas e postagens, para que nenhum eleitor esqueça em 2026.

Se a PEC ainda precisa passar por um segundo turno, a pressão popular promete aumentar. E, desta vez, sem voto secreto, cada deputado terá de encarar o olhar do eleitor e explicar por que escolheu proteger colegas em vez de proteger o povo.

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