Segundo o piloto Mauro Caputti Mattosinho, Rueda seria o
dono oculto de quatro jatos milionários usados por uma empresa de táxi aéreo
investigada por transportar chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC). As
aeronaves, registradas em nome de terceiros, teriam cruzado o país levando
passageiros que não aparecem em lista oficial, mas que figuram no topo da
hierarquia do crime.
Entre os nomes citados estão Roberto “Beto Louco” e Mohamad Hussein “Primo” Mourad, ambos foragidos e apontados como peças-chave de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. O piloto afirma ter feito mais de 30 voos para a dupla e, em um deles, carregado uma misteriosa sacola “pesada” que, segundo ele, parecia recheada de dinheiro vivo.
Rueda nega tudo. Mas documentos obtidos por investigadores
indicam que as aeronaves estariam ligadas a fundos e empresas de fachada, um
labirinto societário digno de filme policial.
No Congresso, o Partido dos Trabalhadores já exige
investigação imediata e sem blindagem. “Não é só um caso de corrupção, é a
infiltração do crime na política. Isso é um ataque direto à democracia”,
disparou um deputado petista.
Para analistas, se as suspeitas se confirmarem, o escândalo
pode implodir alianças e fortalecer o discurso do PT sobre a necessidade de
limpar a política de qualquer rastro do crime organizado.
Enquanto isso, nos bastidores de Brasília, a sensação é de
que a casa pode cair a qualquer momento. E, quando isso acontecer, não vai ser
só turbulência no ar, vai ser queda livre na reputação de quem jurava voar
alto.
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