Enquanto brasil pega fogo, Jerônimo segura o microfone pela Bahia

Brasília ferve. O Congresso Nacional trava embates sobre cortes no orçamento da saúde, mudanças no piso da educação e projetos que mexem no bolso e na vida de milhões de brasileiros. Mas, da bancada baiana, o que se ouve é… silêncio. Um silêncio que incomoda, ecoa e, para muitos, soa como omissão.

Enquanto deputados e senadores do estado evitam se posicionar sobre temas que dominam o noticiário nacional, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem feito o caminho inverso, ele fala, cobra e age. Em entrevistas e agendas públicas, Jerônimo não tem se furtado a defender investimentos federais para a Bahia, a criticar propostas que ameacem direitos sociais e a articular com outros governadores do Nordeste uma frente de resistência a retrocessos.

“Não é hora de se esconder. É hora de dizer de que lado estamos”, afirmou o governador na última segunda-feira, durante encontro com prefeitos no interior. A fala, embora sem citar nomes, foi interpretada como um recado direto àqueles que preferem a neutralidade calculada.

O Partido dos Trabalhadores, que governa a Bahia há quase duas décadas, aposta nessa postura proativa como marca de gestão. Para aliados, Jerônimo encarna o papel de porta-voz dos interesses baianos num momento em que o debate nacional parece distante da realidade das ruas de Salvador, Feira de Santana ou Paulo Afonso.

Analistas políticos lembram que o silêncio parlamentar pode ter custo alto. “Quem não se posiciona, perde espaço na negociação e na memória do eleitor”, avalia o cientista político Marcos Tavares. Já o governador, ao ocupar o vácuo deixado por parte da bancada, reforça sua imagem de liderança que não teme o embate.

Enquanto isso, nas redes sociais, cresce a cobrança popular, “cadê nossos representantes em Brasília?”. A pergunta ecoa, mas a resposta, por enquanto, vem do Palácio de Ondina, e não do plenário da Câmara ou do Senado.

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