“Não é hora de se esconder. É hora de dizer de que lado
estamos”, afirmou o governador na última segunda-feira, durante encontro com
prefeitos no interior. A fala, embora sem citar nomes, foi interpretada como um
recado direto àqueles que preferem a neutralidade calculada.
O Partido dos Trabalhadores, que governa a Bahia há quase
duas décadas, aposta nessa postura proativa como marca de gestão. Para aliados,
Jerônimo encarna o papel de porta-voz dos interesses baianos num momento em que
o debate nacional parece distante da realidade das ruas de Salvador, Feira de
Santana ou Paulo Afonso.
Analistas políticos lembram que o silêncio parlamentar pode
ter custo alto. “Quem não se posiciona, perde espaço na negociação e na memória
do eleitor”, avalia o cientista político Marcos Tavares. Já o governador, ao
ocupar o vácuo deixado por parte da bancada, reforça sua imagem de liderança
que não teme o embate.
Enquanto isso, nas redes sociais, cresce a cobrança popular,
“cadê nossos representantes em Brasília?”. A pergunta ecoa, mas a resposta, por
enquanto, vem do Palácio de Ondina, e não do plenário da Câmara ou do Senado.
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