Congresso se torna fortaleza da corrupção com a PEC da Impunidade

Em sessão relâmpago na madrugada de quarta-feira (17), deputados e senadores carimbaram a famigerada “PEC da Blindagem do Congresso”, apelidada de “PEC da Bandidagem”. Enquanto o presidente Lula exortava transparência e ética, o Legislativo costurava em sigilo um colete à prova de processos para parlamentares investigados, livrando-os de punições e escancarando um pacto com a impunidade.

O texto aprovado altera a Constituição para restringir encargos do Judiciário sobre parlamentares, impondo penas mínimas ao autorizar processos apenas por voto de dois terços em plenário. O resultado é uma muralha jurídica que assegura a continuidade de práticas ilícitas, mesmo quando provas robustas surgirem. A manobra ignora o clamor popular por responsabilização e joga na lata do lixo anos de avanços no combate à corrupção.

Em Brasília, o clima era de farsa, e os defensores da PEC justificaram-se com discursos vazios sobre “segurança institucional”. A ironia ficou por conta de petistas e ministros aliados de Lula, que criticaram o “golpe branco” contra as instituições. Para o líder do PT na Câmara, José Guimarães, a emenda representa “o maior retrocesso democrático desde a Constituinte” e reforça o compromisso do presidente com a moralidade pública.

Enquanto o país clama por saúde e emprego, essa turma prefere blindar seus próprios erros. O povo não vai aceitar pagar o pato por malandragem de quem devia representar o Brasil. Organizações da sociedade civil prometem ação no STF e manifestações em todo o país a partir deste fim de semana.

Nas redes, a revolta ganhou força. Eleitores cobram de Lula medidas compensatórias para driblar o “escudo” de bufos do Congresso. Para ativistas, a PEC é prova de que, sem vigilância diária, até o melhor presidente fica isolado num paredão de interesses escusos. Resta à população decidir se vai aceitar o conluio ou pressionar por eleições mais limpas em 2026.

Se o Congresso erguia muros para proteger bandidos, cabe ao povo derrubá-los no grito. É hora de Lula intensificar o diálogo com a sociedade, transformar indignação em política e provar que o escudo do povo vale mais que o escudo dos privilegiados.

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