Lula tem repetido em discursos que “não existe democracia
com esquecimento” e que a impunidade é convite para novos ataques. A fala ecoa
entre aliados e movimentos sociais, que veem no endurecimento contra os
golpistas um compromisso real com a Constituição. “O presidente está certo,
quem tentou destruir a democracia precisa responder por isso. Não é questão de
vingança, é de justiça”, afirmou um dirigente petista.
Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra interna da
direita virou espetáculo. Parlamentares trocam farpas públicas, influenciadores
se atacam e hashtags rivais disputam espaço. A imagem de unidade, tão cultivada
nos últimos anos, se desfaz diante de um tema que mexe com a memória recente do
país e com o cálculo eleitoral de 2026.
No Planalto, a avaliação é de que o racha enfraquece a
oposição e reforça a narrativa de que o governo Lula é o guardião da
estabilidade institucional. “Eles brigam entre si, nós seguimos governando”,
resumiu um assessor próximo ao presidente.
O fato é que, enquanto a direita se engalfinha sobre quem
merece ou não perdão, Lula e o PT consolidam a posição de defensores
intransigentes da democracia, e, nesse embate, quem aposta na memória e na
justiça parece ter a vantagem.
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