O prefeito Mário César, conhecido como Galinho, comunicou a demissão no dia 21 de setembro, por meio de nota oficial da Assessoria de Comunicação (ASCOM). Na publicação, a gestão afirma que “a Secretaria Municipal de Saúde passa por um processo de reestruturação estratégica em sua condução” e elogia o “compromisso, a competência e a firmeza” da ex-secretária. Embora a nota ressalte que Renata continuará na administração, não há definição pública sobre sua nova função. Fontes dão conta de que ela poderá assumir a coordenação de projetos de atenção primária à saúde.
Moradores relatam filas de espera de até seis horas para
consultar médicos de plantão e a lotação de 95% nos leitos de UTI pediátrica,
segundo dados do Conselho Municipal de Saúde. A transferência de pacientes para
hospitais da região vizinha passou a ser rotina, gerando reclamações de atraso
em ambulâncias e falta de insumos básicos, como seringas e medicamentos. O
fechamento do Hospital Nair Alves de Souza, responsável por 60% dos
atendimentos de urgência, agravou a sobrecarga na rede municipal e motivou petições
online com mais de 2 mil assinaturas exigindo solução imediata.
A saída de Renata Fernandes simboliza o ponto de inflexão de
uma gestão tensionada por demandas reprimidas e falhas operacionais. Agora, a
cidade de 118 mil habitantes aguarda não apenas remanejamentos internos, mas
ações concretas que revertam o desgaste acumulado. Resta saber se a
reestruturação será suficiente para retomar a confiança popular ou se novas
exonerações e protestos marcarão os próximos capítulos da administração
municipal.
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