O Ministério Público da Bahia resolveu colocar Paulo Afonso, Glória e Santa Brígida no mesmo curral de fiscalização. Em recomendação enviada às prefeituras e organizadores de eventos, o MP-BA deixou claro, vaquejada, sim, mas dentro da lei, e quem descumprir as regras pode ver a festa parar no meio do galope.
Em Paulo Afonso, onde a vaquejada movimenta a economia e
atrai turistas, a recomendação acendeu o alerta. Comerciantes e barraqueiros
temem que a burocracia atrase eventos já programados, enquanto defensores da
causa animal comemoram a postura firme do MP-BA. Em Glória e Santa Brígida, o
clima é parecido, apreensão nos bastidores e reuniões emergenciais para ajustar
a organização das festas.
A decisão do órgão estadual se apoia em precedentes do
Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a vaquejada como manifestação
cultural, mas condicionou sua realização ao cumprimento de regras que evitem
maus-tratos. Para o MP-BA, a hora é de transformar discurso em prática.
Nos bastidores políticos, a movimentação também é intensa.
Prefeitos e vereadores das três cidades já articulam encontros para discutir
como atender às exigências sem perder o brilho das festas. “A tradição pode
continuar viva, mas não acima da lei”, resumiu um assessor municipal.
Seja no curral ou no plenário, o recado está dado, a partir
de agora, vaquejada na região só com rédea curta, e quem tentar pular a cerca
pode acabar fora do jogo.
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