"Qual é a explicação de ACM Neto sobre seus
parceiros?". Esse foi o questionamento do dirigente nacional do Partido
dos Trabalhadores (PT) Jones Carvalho diante da notícia, divulgada neste sábado
(9), de que o prédio onde foram encontrados os R$ 51 milhões do ex-ministro
Geddel Vieira Lima pertence à família do deputado federal Paulo Azi - aliado e
correligionário de ACM Neto.
Além de ser a proprietária do prédio, a empresa
baiana JP Patrimonial, pertencente à família Azi, ainda é administradora do
prédio onde ficava o bunker de Geddel. Inclusive, o edifício leva o nome de um
dos parentes de Paulo Azi: Residencial José da Silva Azi, tio do deputado. José
da Silva Azi, que foi prefeito de Alagoinhas, morreu em 2014.
"São R$51 milhões com impressões digitais
de Geddel, aliado de ACM Neto, e de Gustavo Ferraz, candidato a vice-prefeito
na chapa perdedora em Lauro de Freitas, em 2016, com apoio direto de Neto. E
todos são ligados ao governo de Michel Temer, que vem tirando os direitos dos
trabalhadores e que é reconhecidamente corrupto", diz Carvalho.
O dirigente ainda mencionou a relação entre o
governo de ACM, o neto, e ACM, o avô, morto em 2007. "Antigamente, a
política carlista se valia do 'rouba mas faz'. Agora, com todos esses fatos,
mudou para 'rouba e desfaz direitos".
Ao cobrar um posicionamento de ACM Neto, Jones
ainda lembrou que o prefeito é um dos donos do maior conglomerado de
comunicação do Nordeste - que incluía afiliada da Rede Globo no estado.
"Se a TV Bahia não fosse dele qual seria a manchete?", interpelou.
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