Vamos direto
às suposições futurísticas. Imagine ser capaz de encurtar uma cirurgia para
remover um tumor graças a um dispositivo, não maior do que uma caneta, que pode
dizer se o tecido canceroso é benigno em apenas dez segundos! De benefício
imediato, reduziria drasticamente o risco de infecção. E, ao diminuir o tempo
da cirurgia também reduz o tempo de recuperação. Seria extraordinário, não é
mesmo?
Bem, está
feito. Um pequeno espectrômetro de massa de mão desenvolvido por médicos e
engenheiros no Texas pode realizar, rapidamente, um trabalho de diagnóstico
vital que, de modo tradicional, atrasaria uma equipe de cirurgiões por meia
hora de cada vez. Mais do que isso, os diagnósticos feitos através da caneta
apresentam 96% de precisão. No uso de técnicas convencionais, essa precisão
gira em torno de 80 a 90%.
Podemos até
imaginar que todos os gadgets concebíveis já tenham sido pensados e criados,
tendo a ficção como limite. Os membros biônicos ainda não foram aperfeiçoados,
mas eles estão chegando; Os implantes neurais para aumentar nossa capacidade de
cognição e retenção de dados estão sendo trabalhados.
Enquanto
isso, tablets e smartphones estão transformando diagnósticos. A revista americana,
Fronteiras em Neurologia, informa sobre um novo sistema australiano para
diagnosticar a doença de Parkinson usando um tablet, uma caneta sensível à
pressão e uma tarefa simples: desenhar uma espiral. Uma pontuação composta da
combinação entre a velocidade e pressão exercida pelo paciente pode dizer aos
médicos se o mesmo tem a doença e quão severo é o estágio. Assim, os computadores
podem ser usados para a triagem de Parkinson. Os smartphones, em conjunto com
acessórios simples e baratos, podem detectar os vírus da zika, dengue e uma infinidade
de deficiências visuais.
Portanto, a
tecnologia do consumidor abriu uma nova janela no cérebro e no corpo humano. O
leque de possibilidades é extraordinário. Estamos diante de um caminho que
cresce exponencialmente e tem como premissa promover à sociedade mecanismos de
avanços, a passos largos, na saúde. Que novas descobertas se tornem regra.
Ganha a ciência, ganha a população.
Tiago A. Fonseca Nunes.
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