A Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de
Agricultura, atualizou o número de pescadores e marisqueiras afetados pelo
derramamento de óleo que atinge o litoral baiano.
De acordo com dados disponibilizados à empresa pelo
Ministério da Agricultura, cerca de 43 mil pescadores e marisqueiras já foram
impactados pelo óleo, direta ou indiretamente. Esse número corresponde ao total
de pescadores com Registro Geral de Pesca (RGP) na área que abrange o litoral
da Bahia entre Conde, no norte, e Cairu, no sul. Esse número está em constante
atualização pelos técnicos da Bahia Pesca, em conjunto com as entidades
pesqueiras.
Os impactos diretos são a presença do óleo na área de pesca,
impedindo a atividade pesqueira. O impacto indireto se reflete na queda do
volume de vendas do pescado, já que os consumidores se tornam mais cautelosos
nas cidades atingidas pelo óleo.
Coleta e análise do material
Técnicos da Bahia Pesca estão realizando a coleta de peixes
e mariscos para análise laboratorial e envio de relatório à Diretoria de
Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia, que determinará se esse
pescado é próprio para consumo ou se está contaminado.
Essa coleta é realizada em quatro etapas. Na primeira, os
técnicos da Bahia Pesca fazem a identificação das áreas afetadas pelo
derramamento de petróleo. Em seguida, visitam as comunidades pesqueiras que
foram impactadas com esse óleo.
Essas duas etapas ainda estão em andamento, já que novas
manchas de óleo continuam chegando ao estado. Mas já foram visitadas áreas de
pesca dos municípios de Conde, Esplanada, Entre Rios, Mata de São João,
Camaçari e Lauro de Feitas.
A terceira etapa é a coleta dos indivíduos e, por fim, a
entrega a um laboratório para que se faça a análise da segurança do consumo do
pescado. Essa etapa já está em andamento e deve ser finalizada até a
sexta-feira, 1º de novembro. Serão coletados quase 200 indivíduos em seis
regiões do estado: Jandaíra (em rio Real), Conde (no rio Itapicuru), Entre Rios
(rio Subaúma e rio Sauípe), Camaçari (rio Jacuípe), Lauro de Freitas (rio
Joanes), Itapuã (no mar) e Santiago do Iguape (área de controle, não atingida
pelo óleo).
Prazo para entrega do relatório
As análises serão feitas no Laboratório de Estudo do
Petróleo, da Ufba. O prazo de conclusão do relatório e entrega à Diretoria de
Vigilância Sanitária é de 15 dias úteis após a conclusão de todas as coletas.
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