Mensurar o real impacto no meio-ambiente, na economia e na
saúde do desastre ambiental do óleo que contamina as praias do Nordeste do
país. Uma audiência pública com esse tema será realizada na próxima
quarta-feira (6), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da
Câmara de Deputados. O requerimento, aprovado nesta quarta (30), é de autoria
dos deputados Léo Motta (PSL-MG), Jorge Solla (PT-BA), Júnior Mano (PL-CE) e
Padre João (PT-MG).
Sentarão à mesa representantes da Universidade Federal da
Bahia (UFBA) – que estudam a composição do óleo e seus efeitos para o
meio-ambiente e saúde –, representantes dos pescadores das áreas afetadas, o
ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles, o presidente da Petrobras, Roberto
Castello Branco e um representante da Marinha.
O deputado Solla alertou para recente manifestação de
pesquisadores da UFBA, endossada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva
(Abrasco), que pede a imediata declaração de estado de emergência em saúde
pública. Em nota, os docentes afirmam que há sérias ameaças para a saúde da
população: componentes químicos do petróleo, como o benzeno, são cancerígenos e
podem causar má formação fetal e patologias graves.
Segundo Solla, o secretário de Meio Ambiente da Bahia, João
Carlos Oliveira, também reclama da falta de ajuda federal. “Não existe nenhuma
medida, os planos de contingência não foram adotados, isso não teve repercussão
efetiva em nosso estado. Em Abrolhos, os pescadores estão usando rede de pesca
para evitar que o óleo chegue. Já tiraram mais de 800 kg de óleo. E ainda não
chegou lá nenhuma iniciativa do governo federal, são só os pescadores de forma
heroica”, destaca o petista.
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