Patrulhas do comportamento, da direita e da esquerda brasileira deixam o mundo chato.


Foi-se o tempo onde expressar um pensamento significava a liberdade de alguém. É que com o tal do “politicamente correto” ficamos mais chatos, ranzinzas e sem humor. Basta que alguém não goste do que você escreveu para GRITAR “machista” ou “feminista”. Termos que se tornaram pejorativos e agressivos a quem é dirigido.

Hoje não seria possível ver o Ney Matogrosso cantando na Televisão, no programa do Chacrinha, se ainda existisse, a música “Calunias” que traz na letra a negação de ser gay. “Telma, eu não sou gay. O que falam de mim são calúnias, meu bem. Eu parei...”. Com sua voz feminina o artista possivelmente receberia calunias de todos os lados. E antes mesmo quando no grupo Secos & Molhados tinha o seu rosto pintado. Possivelmente, as patrulhas diriam, “é viado enrustido” ou “tem vergonha da classe”.

As patrulhas do politicamente correto afirmam que aquilo que eles não gostam, como termos, peças de teatro, cenas de filmes, textos escritos são “usados para descrever a evitação de linguagem ou ações que são vistas como excludentes, que marginalizam ou insultam grupos de pessoas que são vistos como desfavorecidos ou discriminados, especialmente grupos definidos por sexo ou raça”. Ninguém está imune a essa turma.

Na política, se você é militante da esquerda, desde o berço, e resolve discordar de algo, de imediato virou ‘coxinha”. Os ataques são tão absurdos que o melhor a ser feito pelo atacado é o silêncio, que pode ser ensurdecedor para aqueles que gritam na escrita.

Na direita, temos os arrependidos. São aquelas pessoas que descobriram que foram usadas para irem as ruas e dar apoio a retirada da presidenta Dilma. Estas, quando expressam terem sido enganadas, recebem uma saraivada de agressões vidas daqueles que ainda insistem em se manter no “lado negro” da história e viram todas “petralhas”. É o caso do Reinaldo Azedo que vem apanhando mais que feijão na cidade de Irecê na Bahia em época da colheita.

O que seriamos de nós sem os livros de Jorge Amado, os filmes de Glauber Rocha, os textos do Pasquim, Dionísia Gonçalves Pinto, conhecida como Nísia Floresta. Primeira mulher brasileira a publicar textos em jornais. E a Bertha Lutz, que teve participação direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Celina Guimarães Viana, primeira mulher a exercer o direito de voto no país, em 1927, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Carlota Pereira de Queirós, foi a primeira mulher a ser eleita deputada federal. Laudelina de Campos Melo, fundou o primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil. O que seria do Brasil sem os transgressores?

Tantos são os exemplos de pessoas que foram “politicamente incorretos” e que conseguiram fazer o mundo melhor com suas lutas e conquistas que esse tal de politicamente correto é uma tremenda chatice e deixa o mundo mais feio.

3 comentários:

Resistência & Luta MG - Resistência Brasil disse...

Exatamente assim tem sido. Parabéns! MII bem colocadas essas questões.

Resistência & Luta MG - Resistência Brasil disse...

Exatamente assim tem sido. Parabéns! MII bem colocadas essas questões.

Julio Moreno disse...

Falou um quilo e não disse um
grama...