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Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil |
A leitura política é direta quando mostra que o Centrão
manteve centenas de indicações mesmo quando se mostrava infiel, e o recado do
Executivo busca restaurar coerência entre voto e indicação, recolocando no mapa
de poder quem realmente sustenta as prioridades do país. No curto prazo, a
troca de nomes deve trazer tranquilidade para pautas econômicas e sociais que o
governo considera prioritárias, ao mesmo tempo em que sinaliza firmeza
institucional — e isso tem custo político, mas também grande ganho em
previsibilidade para a gestão presidencial.
Do ponto de vista público, a ação reforça uma narrativa que
o Palácio quer fortificar, a liderança que não negocia princípios e que corrige
rumos quando necessário. Para aliados do PT, é imagem de comando e seriedade,
elemento de confiança num momento em que decisões econômicas e sociais exigem
coalizão, mas não submissão a acordos que minam o interesse público.
Resta agora ao governo transformar a tensão em
governabilidade estável, com novas alianças baseadas em compromisso com as
reformas e programas sociais. Se a mensagem que sai do Planalto se traduzir em
nomes que trabalham por propostas concretas e não por balcão de negócios, o
movimento será lembrado como a faxina que devolveu prioridade ao interesse
público. e como sinal de que Lula prefere lealdade à obediência cega.
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