Lula desmascara tragédia sangrenta de Cláudio Castro

A operação policial batizada de Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, deixou pelo menos 64 mortos e se tornou a mais letal da história do Rio de Janeiro, segundo dados divulgados pela Polícia Civil e repercutidos pelo G1 em 29 de outubro de 2025. Diante da dimensão da tragédia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência em Brasília com ministros da Casa Civil, Justiça, Direitos Humanos e Comunicação, além do vice-presidente Geraldo Alckmin, para cobrar explicações do governador Cláudio Castro e discutir medidas imediatas de contenção da violência. O encontro foi marcado por forte pressão política, já que o governo federal deixou claro que não aceitará a repetição de massacres travestidos de política de segurança.

Durante a reunião, Lula reforçou que a União não foi consultada previamente sobre a operação e que não houve solicitação formal de Garantia da Lei e da Ordem, como confirmou o Ministério da Justiça. O presidente destacou que o governo federal tem defendido um modelo de segurança baseado em inteligência, integração entre forças e investimentos sociais, em contraste com a estratégia de confronto adotada por Castro. Segundo reportagem da Veja, ministros como Rui Costa e Ricardo Lewandowski foram escalados para viajar ao Rio e oferecer apoio logístico, de pessoal e de equipamentos, além de reforçar a presença da Polícia Federal em ações conjuntas.

O contraste entre os dois projetos ficou evidente, enquanto Castro insiste em operações espetaculares que resultam em mortes em massa, Lula apresentou o programa Segurança com Cidadania, lançado em 2025, que prevê policiamento comunitário, centros de juventude e fortalecimento da investigação contra facções. O Globo destacou que o governo federal rejeitou decretar GLO, preferindo apostar em uma força-tarefa de inteligência para desmontar o crime organizado sem transformar comunidades em campos de batalha. Essa postura foi vista como um recado direto ao governador, que vinha tentando transferir responsabilidades para Brasília.

A reunião de emergência expôs a fragilidade da política de segurança do Rio e colocou Cláudio Castro sob pressão inédita. Ao mesmo tempo, consolidou Lula como liderança capaz de articular respostas rápidas e propor alternativas que vão além da lógica da bala. O episódio mostrou que, diante da maior chacina da história fluminense, o governo federal não apenas reagiu, mas assumiu o protagonismo no debate sobre segurança pública, deixando claro que o caminho para enfrentar o crime não passa pelo medo, mas pela cidadania.

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