Durante a reunião, Lula reforçou que a União não foi
consultada previamente sobre a operação e que não houve solicitação formal de
Garantia da Lei e da Ordem, como confirmou o Ministério da Justiça. O
presidente destacou que o governo federal tem defendido um modelo de segurança
baseado em inteligência, integração entre forças e investimentos sociais, em
contraste com a estratégia de confronto adotada por Castro. Segundo reportagem
da Veja, ministros como Rui Costa e Ricardo Lewandowski foram escalados para
viajar ao Rio e oferecer apoio logístico, de pessoal e de equipamentos, além de
reforçar a presença da Polícia Federal em ações conjuntas.
O contraste entre os dois projetos ficou evidente, enquanto
Castro insiste em operações espetaculares que resultam em mortes em massa, Lula
apresentou o programa Segurança com Cidadania, lançado em 2025, que prevê
policiamento comunitário, centros de juventude e fortalecimento da investigação
contra facções. O Globo destacou que o governo federal rejeitou decretar GLO,
preferindo apostar em uma força-tarefa de inteligência para desmontar o crime
organizado sem transformar comunidades em campos de batalha. Essa postura foi
vista como um recado direto ao governador, que vinha tentando transferir
responsabilidades para Brasília.
A reunião de emergência expôs a fragilidade da política de
segurança do Rio e colocou Cláudio Castro sob pressão inédita. Ao mesmo tempo,
consolidou Lula como liderança capaz de articular respostas rápidas e propor
alternativas que vão além da lógica da bala. O episódio mostrou que, diante da
maior chacina da história fluminense, o governo federal não apenas reagiu, mas
assumiu o protagonismo no debate sobre segurança pública, deixando claro que o
caminho para enfrentar o crime não passa pelo medo, mas pela cidadania.

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