Energia Solar é tema de debate em encontro baiano.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, defendeu a necessidade de uma visão sustentável durante o Encontro Baiano de Energia Solar, que aconteceu nesta terça-feira (05/12), no Sheraton Hotel da Bahia. "A Gente fala muito de meio ambiente, mas nem sempre pratica, o discurso é sempre muito simpático, mas a ação nem sempre vem junto com ela. É difícil lidar em uma guerra de precipitados contra os que tem pensamentos de longo prazo. A questão da energia renovável deve ser uma visão de preservação do planeta", afirma.

O evento reuniu os principais atores do setor fotovoltaico do estado para discutir os avanços da energia solar fotovoltaica na Bahia, o leilão de energia previsto para o dia 18 de dezembro e a expansão do mercado. Aconteceram também debates sobre as políticas públicas em desenvolvimento, o panorama da geração distribuída, a implantação de empreendimentos centralizados no estado e os desafios que já foram enfrentados.

Além do secretário Jaques Wagner, compuseram a mesa de abertura Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica - ABSOLAR; Celso Rodrigues, Superintendente de Energia e Comunicação da Secretaria de Infraestrutura; Jorge Khoury, Superintendente do Sebrae Bahia; André Fraga, Secretário da Cidade Sustentável do Município de Salvador e Miguel Filho, Gerente de Negócios do Senai Cimatec.

Segundo Rodrigo Sauaia, a energia solar fotovoltaica tem na Bahia um estado protagonista, na medida em que a mesma concentra por volta de 1/3 de todos os projetos de usinas de grande porte, com mais de 800 MW de capacidade contratada pelo setor solar fotovoltaico. "A Bahia está na primeira posição no ranking projetos de geração solar fotovotaica do Brasil, parte destes projetos já estão inclusive entrando em operação. Este ano e o próximo serão anos de muito atividade no setor com geração de empregos, investimentos e desenvolvimento de projetos", afirma Sauaia.

Geração distribuída


O diretor da Ecoluz, Luiz Carlos Lima, que participou do painel sobre o Panorama do Mercado de Geração Distribuída na Bahia, chama atenção para o receio que as pessoas ainda têm no investimento em projetos de geração distribuída. "Temos uma tecnologia nova com apelo muito forte em economia, mas que tem valor de investimento muito elevado e as pessoas ficam receosas em investir e tem dúvidas se vai efetivamente alcançar o resultado proposto, se a tecnologia não vai gerar algum tipo de problema no curto e médio prazo. Um evento como esse traz a oportunidade de colocar algumas novidades, exemplos, paradigmas, comparações que deixam as pessoas mais cientes de que não somos os únicos a avançar, o mundo inteiro está indo neste caminho", afirma Lima.

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