Assim como acontece em vários meses durante o ano, em
dezembro também há a conscientização sobre a prevenção de um tipo de câncer. O
"Dezembro Laranja" tem o objetivo de estimular a prevenção e o
diagnóstico precoce do câncer de pele, sendo este tipo, considerado o mais
comum no país. Os melanomas são originados nas células produtoras de melanina,
substância responsável pela pigmentação da pele. É considerada a forma mais
séria da doença cutânea. Já os não melanomas representam a maioria dos casos,
mais de 90%.
"O câncer de pele ainda é mais frequente em pessoas com
mais de 40 anos e é raro em crianças e pessoas de pele mais escura. Pessoas de
pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias
são as principais vítimas", disse Maurício Viana, médico oncologista,
membro da Sociedade Americana de Oncologia e chefe do setor de oncologia do
Hospital da Aeronáutica do Recife.
O oncologista ainda destaca que quando descoberta no início,
a doença apresenta um alto percentual de cura. "Esse tipo de câncer pode
se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida,
como um nódulo avermelhado ou como uma ferida que não cicatriza", disse
Maurício Viana.
Já a dermatologista Lígia Guedes lembra que a maioria dos
casos de câncer de pele pode ser evitada com medidas simples de prevenção.
"Deve-se usar o filtro solar, mesmo que a pessoa não fique exposta aos
raios ultravioletas. Além disso, é melhor evitar tomar sol entre 10h e
16h", afirmou a médica da Clínica Pele e membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, Lígia Guedes.
O cirurgião plástico também é responsável pela remoção
cirúrgica de lesões cancerígenas e demais lesões da pele. Para isso, o
especialista utiliza técnicas especializadas para preservar sua saúde e imagem.
"Embora nenhuma cirurgia fique sem cicatriz, o
cirurgião plástico fará o possível para tratar o câncer de pele sem mudar
radicalmente sua aparência. Além disso, utilizando técnicas de cirurgia
plástica reparadora para minimizar as sequelas na região, é possível
reconstruir o local, devolvendo ao máximo a funcionalidade do órgão",
destacou Paulo Hypacio, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Associação Médica Brasileira.
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