ABARÉ: MAIS UM CAPÍTULO DA NOVELA EM QUE A CIDADE SE METEU.

Desde o dia 22 de junho de 2011, quando o prefeito Delísio Oliveira da Silva, foi afastado pela primeira vez, junto com seu vice-prefeito, Manoel Campos da Fonseca, acusados de conduta vedada por terem distribuído camisas a alunos e professores nas Olimpíadas Escolares em ano eleitoral, o caos vem se instalando no município. No primeiro afastamento, o prefeito e vice, conseguiram ação cautelar com efeito suspensivo, e retornaram aos cargos dezessete dias depois. Dias esses de muita movimentação, com ocupação da frente da prefeitura por Índios da Tribo Tumbalala e populares liderados pelo então Presidente da Câmara de Vereadores, Sr. Cícero Romão Marinheiro, que questionavam a forma duvidosa de eleições feitas às pressas na Câmara de Vereadores para definirem o prefeito interino.

Com o segundo afastamento, que ocorreu em 30/09/2011 onde o Sr. Sebastião Alcides, na época presidente da Câmara de Vereadores, assumiu interinamente a prefeitura por um período de aproximadamente três meses, agravou-se o quadro, pois além da insegurança da população em geral com os rumos que tomaria Abaré, vieram as ações administrativas desastrosas e duvidosas. Salários atrasados, funcionários fantasma, falta de médicos, falta de abastecimento de água na zona rural, P.S.Fs sem medicamentos, secretários municipais recebendo vinte diárias no período de um mês, entre muitos outros agravantes.

No dia 22/12/2011, o que já não andava bem conseguiu piorar, o Sr. Geraldo Rodrigues, conhecido pela sua forma assistencialista de fazer política, pelas inúmeras dívidas com agiotas adquiridas em sua campanha eleitoral, e por responder processo na justiça por apropriação indébita de consignados da CAIXA; conseguiu liminar para retornar ao seu cargo de Presidente da Câmara de Vereadores, consequentemente, o de prefeito interino do município.

O prefeito, Delísio Oliveira da Silva e o seu vice, Manoel Campos, que atualmente administram o município, retornaram aos cargos no dia 04/01/12, depois de liminar de ação cautelar deferida pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lawandowisk. Mas tem enfrentado grandes dificuldades para dar continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido na sua gestão.

Até o momento, o vereador Sebastião Alcides não prestou contas ao TCM do período que passou à frente da prefeitura, muito menos devolveu toda base contábil e documentação do exercício anterior, impedindo o município de honrar seus compromissos realizando pagamentos importantes, como: transporte escolar (novembro e dezembro), fornecedores de medicamentos, terço de férias dos professores, entre muitos outros.
Outro fato importante, é que o Sr. Geraldo Rodrigues e seus comparsas, insistem em marcar datas para novo afastamento do gestor, causando insegurança não só na sociedade abareense, mas também em fornecedores importantes da prefeitura. Segundo setor responsável da prefeitura, licitações como de medicamento especial e material odontológico que antes eram disputadas por 8 a 9 licitantes não compareceu nenhum.
“Fornecemos para prefeitura de Abaré há seis anos, mas nesse quadro que se encontra não queremos arriscar vender e entrar outra pessoa depois que não tenha o mesmo compromisso em pagar.” Disse um fornecedor que foi participar de licitação e desistiu ao chegar à cidade e ouvir os boatos nas ruas.
O prefeito Delísio Oliveira da Silva, procurado pela nossa reportagem, mas não quis se manifestar ainda. Disse que falará com toda imprensa apenas quando auditoria que está sendo feita desde a sua volta seja finalizada para que possa apresentar a situação de forma geral.
A população de Abaré continua esperando e confiando em um final feliz para toda essa “novela”. (Por Marília T. Pontes)

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