Milícias armadas ameaçam os ex-presidentes Lula e Dilma.


Acostumado a andar pelo Brasil em suas Caravanas e ser bem recebido pela população, o ex-presidente Lula vem enfrentando ataques de milícias armadas em algumas cidades no Rio Grande do Sul.

Hoje, 23, o ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff estavam prontos para irem a Passo Fundo quando foram avisados por sua segurança particular de que não seria possível entrar na cidade. É que um grupo de milicianos armados fecharam todas as entradas da cidade com tratores e carros e impediram o direito de ir e vir, garantido pelo inciso XV do art. 5º, que assim dispõe: "É livre a locomoção no Território Nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".

O que mais impressiona nessa história é que no local tinham policiais e segundo notícias vidas de lá, foram coniventes com toda a agressão e nada fizeram para garantir que dois ex-presidentes pudessem ter seus direitos garantidos. O que leva a crer que o secretário de segurança do estado, Cezar Augusto Schirmer, o mesmo que era prefeito da cidade de Santa Maria quando aconteceu a tragédia da Boate Kiss onde morreram ‎242 pessoas, mais uma vez, não está fazendo nada par impedir que aconteça outra tragédia.

Rodrigo Pilha, que acompanha a Caravana de Lula, disse, “nós não fugimos. Nós deixamos de participar porque a polícia foi conivente com essas milícias e colocou o direito de ir e vir e a integridade física de dois ex-presidentes da república em perigo”.

Enquanto houver gente capaz de se armar para fazer valer o seu pensamento, de juntar uma dúzia de capangas para ameaçar a vida de outras. Enquanto aceitarmos isso como algo normal e as autoridades policiais nada fizerem para dar uma basta, nós vamos estar caminhando para um confronto social inimaginável antes na história do Brasil. Essas pequenas milícias não podem impedir o que a maioria da população deseja, que é o retorno da democracia pela via do voto. Que cada um possa apresentar seu candidato e suas propostas, e que a população possa escolher aquele em quem acredita e confia. Não se pode brincar com armas como se estivéssemos na infância. Isso pode não acabar bem para nenhum dos lados.

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