Eu já contei em outros textos
que na minha infância conheci algumas personalidades, daquelas que vagavam
pelas ruas da minha cidade no interior da Bahia. Barrão Samê e Fedegoso foram
aqueles que mais marcaram aqueles tempos. É que eram os mais visíveis entre
tantos outros. Essa gente tinha os que os incomodavam e os que os tratavam bem.
Eles eram tratados como “doidos”.
Passado o tempo, eu nunca
imaginei antes que um doido varrido, da classe dos que perambulam em estradas,
ruas e becos falando sozinhos frases incompreensíveis poderia chegar a
presidência da república do Brasil.
É certo que a história não nos
foi contada completamente e nos esconderam durante muitos anos que tipos de
pessoas colonizaram o Brasil logo após a descoberta destas terras por Pedro
Alvarez Cabral. E diga-se. Ele estava perdido, segundo o que contam, após uma
tempestade. Aquele 22 de abril de 1500 é a data que, dizem, chegaram aqui pela
primeira vez.
Já sabemos, também, que a
coroa portuguesa, com medo de perder a colonização, arrumou um jeitinho de se
livrar de criminosos, prostitutas, velhacos, doidos, prisioneiros condenados,
assassinos... toda aquela gente que não valia um vintém, foram enviados para
cá.
Durante 503 anos imperou o jeitinho
português que circula em nosso sangue. De 2003 a 2016 tivemos 13 anos de
prosperidade. Vimos a classe mais baixa da sociedade ter direitos que antes
nunca tiveram. Pobres puderam ir ao supermercado fazer suas compras, andar de
avião, entrar na faculdade e sair com diploma de médico, engenheiro,
jornalista... mas parece que os espíritos daqueles que colonizaram o Brasil
acordaram de uma hora para outra.
Bolsonaro foi eleito por um
tsunami de falsas notícias distribuídas pela internet em uma velocidade que
pegou os “tonhos da lua” de surpresa e os cativou. Gente que antes pareciam
normais no convívio diário, se mostraram agressivas, intolerantes e
propagadoras de mentiras, tornando-se, também, parte da farsa.
Hoje temos na presidência da
república um doido varrido. Um homem que prega abertamente a morte dos seus
opositores políticos abertamente e é aplaudido por evangélicos e pessoas de
bem.
Essa mistura do que fomos no
princípio de tudo, pariu essa coisa que está como mandatário atualmente.
Tenho saudades dos malucos da minha infância que não faziam mal nenhum às pessoas. O máximo que acontecia era botar a criançada para correr, quando eram provocados. Mas hoje, vendo o Brasil entregue a essa turma, me dá uma falta de esperança no futuro que estamos deixando para os nossos filhos e netos. E ninguém sabe, ainda, como dá um basta nessa loucura.
Tenho saudades dos malucos da minha infância que não faziam mal nenhum às pessoas. O máximo que acontecia era botar a criançada para correr, quando eram provocados. Mas hoje, vendo o Brasil entregue a essa turma, me dá uma falta de esperança no futuro que estamos deixando para os nossos filhos e netos. E ninguém sabe, ainda, como dá um basta nessa loucura.
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