Bolsonaro sofre de verborragia sistêmica, reflexo direto de
sua condição mental precária e confusa. Quando menos se espera, o rosto
descontínuo do presidente aparece, no noticiário e nas redes sociais,
vomitando, com sua vozinha sibilante, algum absurdo.
Ao revelar a troca de favores eleitorais para, em
contrapartida à prisão de Lula, levar Moro ao STF, em 2020, Bozo retirou dessa
relação o último verniz que ainda lhe dava alguma credibilidade - e fez o
ex-juiz entrar num jogo perigoso, ao desmentir o presidente.
Não que o movimento dos dois fosse um segredo: à exceção da
estupidez dos bolsominions, qualquer brasileiro com mais de um neurônio havia
percebido essa barganha, na origem.
Também revela, agora, com mais clareza, as razões que
levaram Bozo e Moro a transferirem o COAF para o Ministério da Justiça de forma
tão açodada, nas primeiras horas de governo.
Bozo acreditava que Moro poderia proteger Flávio Bolsonaro,
investigado por manter, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, um
laranjal de milicianos ligados ao assassinato de Marielle Franco.
Moro, contudo, demonstrou ser, em todos os sentidos, uma
nulidade técnica e política. Um bocó que mal consegue articular frases, quiçá
estratégias.
Tornou-se urgente, portanto, trazer o COAF de volta para o
Ministério da Economia, onde Paulo Guedes, apesar de desvairado e sem noção,
ainda tem apoio irrestrito da mídia e do poder econômico.
Moro é carne queimada.
Bozo ainda aposta no seu sanatório geral.
Por Por Leandro Fortes.
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